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12/04/2021

Justiça bandida. Pedreiro é mantido preso durante 16 anos por crime que não cometeu

Cícero vítima da incompetência policial e da preguiça do judiciário

Já pensou ficar preso durante 16 anos por um crime que nunca cometeu? Pois foi justamente isso que aconteceu com o pedreiro Cícero José de Melo, que depois de quase duas décadas preso acusado injustamente de tentativa de homicídio, foi considerado inocente e depois solto em Juazeiro do Norte/CE.

 

A preguiça ou incompetência da Polícia Civil em investigar o crime e a desídia de juízes que ficam morcegando ao invés de realizar o trabalho para o qual são muito bem pagos acabaram gerando a injustiça, que nenhuma indenização será capaz de apagar do pedreiro o sofrimento de passar tantos anos encarcerado.

 

“Me considero como se tivesse sido sequestrado por um crime que eu não cometi nem contra o Estado, nem contra a sociedade. Me colocaram na viatura, me fizeram passar vergonha perante as pessoas e enquanto eu dizia que era inocente, eles riam na minha cara. Debochavam”, desabafou o pedreiro.

 

Incompetência policial provocou a injustiça

 

Desde o início que o caso demonstrava a incompetência policial. Em 18 de novembro de 2005, Cícero estava na rua de Crato/CE com um amigo, quando foi abordado por policiais e como não estava com sua documentação no momento, foi imediatamente acusado de cometer crime que nem sabia qual era.

 

Sem nenhum apoio para defende-lo na justiça, Cícero enfrentou um verdadeiro inferno e enquanto esteve encarcerado na Penitenciária Industrial e Regional do Cariri, lutou sozinho para provar sua inocência. “Nunca tive visitas. Vivi todo esse tempo no abandono. Quem me confortava era Deus e meus parceiros de cela”.

 

Cícero certamente ainda ficaria preso por muito mais tempo se não fosse o advogado Roberto Duarte ter interessado pelo seu caso e realizado o trabalho de investigação que a polícia preguiçosa não fez. Roberto descobriu ainda que Cícero nunca tinha sido ouvido por nenhum juiz. Agora ele quer encontrar familiares e amigos, que afirma nunca tomaram conhecimento de sua prisão.

 

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