Já pensou ficar preso durante 16 anos por um
crime que nunca cometeu? Pois foi justamente isso que aconteceu com o pedreiro
Cícero José de Melo, que depois de quase duas décadas preso acusado
injustamente de tentativa de homicídio, foi considerado inocente e depois solto
em Juazeiro do Norte/CE.
A preguiça ou incompetência da Polícia Civil em
investigar o crime e a desídia de juízes que ficam morcegando ao invés de
realizar o trabalho para o qual são muito bem pagos acabaram gerando a
injustiça, que nenhuma indenização será capaz de apagar do pedreiro o sofrimento
de passar tantos anos encarcerado.
“Me considero como se tivesse sido sequestrado
por um crime que eu não cometi nem contra o Estado, nem contra a sociedade. Me
colocaram na viatura, me fizeram passar vergonha perante as pessoas e enquanto eu
dizia que era inocente, eles riam na minha cara. Debochavam”, desabafou o
pedreiro.
Incompetência policial
provocou a injustiça
Desde o início que o caso demonstrava a incompetência
policial. Em 18 de novembro de 2005, Cícero estava na rua de Crato/CE com um
amigo, quando foi abordado por policiais e como não estava com sua documentação
no momento, foi imediatamente acusado de cometer crime que nem sabia qual era.
Sem nenhum apoio para defende-lo na justiça,
Cícero enfrentou um verdadeiro inferno e enquanto esteve encarcerado na Penitenciária
Industrial e Regional do Cariri, lutou sozinho para provar sua inocência. “Nunca
tive visitas. Vivi todo esse tempo no abandono. Quem me confortava era Deus e
meus parceiros de cela”.
Cícero certamente ainda ficaria preso por muito
mais tempo se não fosse o advogado Roberto Duarte ter interessado pelo seu caso
e realizado o trabalho de investigação que a polícia preguiçosa não fez.
Roberto descobriu ainda que Cícero nunca tinha sido ouvido por nenhum juiz. Agora
ele quer encontrar familiares e amigos, que afirma nunca tomaram conhecimento
de sua prisão.
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