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25/03/2024

Descanse em paz, jornalista Weber Andrade

Weber foi encontrado morto na tarde de 22 de março

Por Elvécio Andrade*

 

O mês era abril e o ano 1986. Eu estava iniciando mais um curso de Técnicas de Redação Jornalística, que eu ministrava pelo Senac de Governador Valadares, no Leste de Minas Gerais. Foi nesse dia que vi pela primeira vez o jovem Weber Andrade. Ele era recém chegado à cidade, vindo de Mantena e seu objetivo, segundo me confidenciou, era trabalhar na profissão de jornalista.

 

Ao ver aquele jeito tímido, com uma comunicação oral quase incompreensível, pensei comigo mesmo que não daria grandes coisas. Mesmo assim, como fazia com todos os demais alunos, o recebi com palavras de otimismo e o incentivei a se dedicar, pois se saindo bem, com certeza teria espaço garantido na profissão, que naquela época era nobre e exercida por profissionais éticos e responsáveis.

 


Para surpresa, aquele jovem tímido, taciturno, mas sonhador, aos poucos foi demonstrando uma facilidade muito grande de absorver a aprendizagem, superando em muito os demais colegas daquela turma. Empolgado com sua facilidade de absorção dos ensinamentos, decidi lhe dar mais atenção e a tentar abrir um atalho para a concretização de seu sonho de trabalhar em um jornal.

 

Conversando com o senhor Antor Santana, que era meu editor no jornal Diário do Rio Doce, onde eu era coordenador da Agenda Caderno B e repórter policial, pedi que lhe desse uma oportunidade. Para convencê-lo a aceitar minha indicação, falei sobre a facilidade de Weber Andrade em assimilar o aprendizado e na sua vontade de atuar na área Jornalística, tendo Antor prometido tentar.

 


Foi assim que Weber Andrade, que apesar do sobrenome, não era meu parente, ingressou no Diário do Rio Doce, o segundo maior jornal de Minas Gerais na época, e lá atuou por vários anos, alcançando destaque na área Jornalística. Em 1989 deixei o Diário do Rio Doce ao passar no concurso de Assessor de Comunicação da Coaperiodoce (Cooperativa Agropecuária Vale do Rio Doce).

 

Nossos caminhos só voltaram a se cruzar em 1997, em Barra de São Francisco/ES, onde eu estava morando desde 1991, quando ele foi contratado como assessor de imprensa, pelo então prefeito José Honório Machado. No final do mandato ele trabalhou por alguns anos no jornal O Trovão, depois foi para Portugal, onde morou alguns anos e depois retornou ao Diário do Rio Doce.

 


Weber atuou também como assessor de imprensa do deputado estadual Enivaldo dos Anjos entre 2015 e 2017, mas seu destino estava ligado a Barra de São Franscisco, para onde retornou em 2018, para atuar como editor dos sites noticiosos Voz da Barra e O Contestado. Quando faleceu, Weber atuava na Secom (Secretaria Municipal de Comunicação), de Barra de São Francisco.

 

Além do Weber, recordo de três outros grandes profissionais que se destacaram no curso que ministrei no Senac. Edson Calixto Júnior, que também atuou no Diário do Rio Doce e em outros veículos de comunicação país afora, foi assessor de comunicação da Assembleia Legislativa do Paraná, atualmente trabalha na Caixa Econômica Federal e acabou de lançar o livro: Lições de uma pandemia.

 

Cleuzany Lott, que atuou por vários anos no Diário do Rio Doce, atualmente advogada especialista em direito de condomínios e que às vezes escreve sobre o assunto no Diário do Rio Doce. E Nalu Saad. Ela também trabalhou no Diário do Rio Doce, no jornal Estado de Minas, Hoje em Dia e a última informação que tenho é de que ela estava atuando no jornalismo da TV Record Minas.

 

Elvécio Andrade é jornalista, radialista, escritor e advogado especialista em direitos Administrativo e Constitucional

 


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