Por Elvécio Andrade*
O mês era abril e o
ano 1986. Eu estava iniciando mais um curso de Técnicas de Redação
Jornalística, que eu ministrava pelo Senac de Governador Valadares, no Leste de
Minas Gerais. Foi nesse dia que vi pela primeira vez o jovem Weber Andrade. Ele
era recém chegado à cidade, vindo de Mantena e seu objetivo, segundo me
confidenciou, era trabalhar na profissão de jornalista.
Ao ver aquele jeito
tímido, com uma comunicação oral quase incompreensível, pensei comigo mesmo que
não daria grandes coisas. Mesmo assim, como fazia com todos os demais alunos, o
recebi com palavras de otimismo e o incentivei a se dedicar, pois se saindo
bem, com certeza teria espaço garantido na profissão, que naquela época era
nobre e exercida por profissionais éticos e responsáveis.
Para surpresa,
aquele jovem tímido, taciturno, mas sonhador, aos poucos foi demonstrando uma
facilidade muito grande de absorver a aprendizagem, superando em muito os
demais colegas daquela turma. Empolgado com sua facilidade de absorção dos ensinamentos,
decidi lhe dar mais atenção e a tentar abrir um atalho para a concretização de
seu sonho de trabalhar em um jornal.
Conversando com o
senhor Antor Santana, que era meu editor no jornal Diário do Rio Doce, onde eu
era coordenador da Agenda Caderno B e repórter policial, pedi que lhe desse uma
oportunidade. Para convencê-lo a aceitar minha indicação, falei sobre a
facilidade de Weber Andrade em assimilar o aprendizado e na sua vontade de
atuar na área Jornalística, tendo Antor prometido tentar.
Foi assim que Weber
Andrade, que apesar do sobrenome, não era meu parente, ingressou no Diário do Rio
Doce, o segundo maior jornal de Minas Gerais na época, e lá atuou por vários
anos, alcançando destaque na área Jornalística. Em 1989 deixei o Diário do
Rio Doce ao passar no concurso de Assessor de Comunicação da Coaperiodoce
(Cooperativa Agropecuária Vale do Rio Doce).
Nossos caminhos só
voltaram a se cruzar em 1997, em Barra de São Francisco/ES, onde eu estava
morando desde 1991, quando ele foi contratado como assessor de imprensa, pelo
então prefeito José Honório Machado. No final do mandato ele trabalhou por
alguns anos no jornal O Trovão, depois foi para Portugal, onde morou alguns
anos e depois retornou ao Diário do Rio Doce.
Weber atuou também
como assessor de imprensa do deputado estadual Enivaldo dos Anjos entre 2015 e
2017, mas seu destino estava ligado a Barra de São Franscisco, para onde
retornou em 2018, para atuar como editor dos sites noticiosos Voz da Barra e O
Contestado. Quando faleceu, Weber atuava na Secom (Secretaria Municipal de
Comunicação), de Barra de São Francisco.
Além do Weber, recordo
de três outros grandes profissionais que se destacaram no curso que ministrei
no Senac. Edson Calixto Júnior, que também atuou no Diário do Rio Doce e em outros
veículos de comunicação país afora, foi assessor de comunicação da Assembleia
Legislativa do Paraná, atualmente trabalha na Caixa Econômica Federal e acabou
de lançar o livro: Lições de uma pandemia.
Cleuzany Lott, que
atuou por vários anos no Diário do Rio Doce, atualmente advogada especialista
em direito de condomínios e que às vezes escreve sobre o assunto no Diário do
Rio Doce. E Nalu Saad. Ela também trabalhou no Diário do Rio Doce, no jornal
Estado de Minas, Hoje em Dia e a última informação que tenho é de que ela estava atuando no jornalismo da TV Record Minas.
Elvécio Andrade é jornalista,
radialista, escritor e advogado especialista em direitos Administrativo e
Constitucional
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