Um travesti identificado pelo nome social de
Cássia Vieira, 45 anos, foi encontrado morto dentro da própria casa em
Uberlândia, no Triângulo Mineiro, no domingo, 05. Ele foi morto a canivetadas
por um homem de 27 anos, cujo nome foi escondido da sociedade pela polícia. O
assassino já está no xilindró.
O assassino, que foi preso em flagrante na
segunda-feira, 06, disse na Delegacia de Polícia durante interrogatório, que
mantinha um caso extraconjugal com o travesti há quatro meses e que tinha
decidido terminar o relacionamento, mas a vítima não aceitava. Por essa razão
ele tomou a decisão de se livrar da vítima.
O assassino contou aos policiais que para matar
a vítima ele usou um canivete, que foi descartado juntamente com a blusa que
usava no dia do crime, em um local ermo. Ele foi preso quando estava chegando
em casa em seu carro juntamente com a esposa. O criminoso não esboçou
resistência ao ser preso.
O crime foi na quinta-feira, 02, mas o corpo só
foi encontrado no domingo, porque um vizinho desconfiou da ausência de
movimentação na residência e acionou a polícia, que ao chegar ao local percebeu
um forte odor fétido. Quando os policiais entraram no imóvel, encontraram a
vítima morta e aparelhos eletrônicos ligados.
A vítima apresentava sete perfurações no
pescoço, uma no peito e uma na barriga, segundo informou a perícia, que ao ser
acionada compareceu ao local. Segundo testemunhas, o assassino e o travesti
tinham relação conturbada e no sistema da polícia foram encontradas ocorrências
de brigas envolvendo os dois.
A morte do travesti foi lamentada pelo
Fonatrans (Fórum Nacional de Travestis e Transexuais Negras e Negros), que se
solidarizou com a vítima. “Nos solidarizamos com familiares e amigos neste
momento de dor. É inaceitável que vidas continuem sendo ceifadas por atos de
violência e intolerância. Cada vida perdida é uma tragédia irreparável. Um
golpe na luta por respeito”, disse o órgão.
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