Por *Elvécio
Andrade
A morte de Gustavo
Bebianno, ex-ministro do governo Bolsonaro, ainda levanta muitas dúvidas e
especulações. Ele foi encontrado morto em um sítio no interior do Rio de
Janeiro em março de 2020, oficialmente devido a um infarto fulminante. Contudo,
amigos próximos e pessoas que o conheciam bem apontam inconsistências na
narrativa oficial. Bebianno era conhecido por seu estilo de vida saudável: não
bebia, não fumava e sempre se dedicou ao esporte, sendo atleta desde jovem.
O papel de Bebianno no Governo Bolsonaro
Gustavo Bebianno foi uma figura central na
campanha que levou Jair Bolsonaro à Presidência em 2018. Ele assumiu o cargo de
ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, mas teve uma relação conturbada
com o então presidente, sendo exonerado meses depois. Após deixar o governo,
Bebianno começou a fazer declarações públicas indicando que sabia de bastidores
comprometedores envolvendo Bolsonaro e seus aliados.
Na época, Bebianno demonstrava a intenção de
expor “a verdade” sobre os acontecimentos internos do governo. Ele chegou a
dizer que tinha conhecimento de fatos que poderiam causar danos irreversíveis à
imagem de Bolsonaro. Contudo, sua morte interrompeu qualquer possibilidade de
revelações mais profundas.
Coincidências ou algo maior?
A morte de Bebianno aconteceu em um momento em
que ele estava se distanciando cada vez mais do bolsonarismo. Amigos relataram
que ele vinha enfrentando pressões psicológicas e que temia por sua segurança.
Até hoje, a ausência de uma explicação mais clara sobre as causas de seu
infarto gera questionamentos.
Nos últimos dias, o Brasil testemunhou a prisão
de uma quadrilha que supostamente tramava a morte de figuras importantes, como
o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre
de Moraes. Esse fato reacendeu teorias sobre possíveis conexões entre o
bolsonarismo radical e a eliminação de pessoas consideradas “ameaças” ao
projeto político de Jair Bolsonaro.
A família de Gustavo Bebianno, diante desse
novo contexto, poderia solicitar o acesso a conversas e provas coletadas nas
investigações da quadrilha. Seria relevante averiguar se há alguma ligação
entre essas ações criminosas e a morte misteriosa do ex-ministro.
Ele sabia demais?
A grande questão que permanece é: Bebianno sabia demais? Ele foi eliminado para que segredos comprometedores nunca viessem à tona? O fato de ele ter ocupado uma posição de destaque e de ter prometido expor os bastidores do governo Bolsonaro não pode ser ignorado. O Brasil já testemunhou outros casos em que figuras políticas ou testemunhas chave sofreram mortes prematuras e suspeitas.
Diante de tantas dúvidas, é fundamental que
novas investigações sejam conduzidas sobre a morte de Gustavo Bebianno. A
transparência é essencial para assegurar que o Brasil não esteja diante de mais
um caso de eliminação política. O acesso a dados recentes sobre os planos de
morte de figuras políticas pode trazer novas luzes ao caso.
O legado de Gustavo Bebianno pode ser um chamado
à verdade. Caso sua morte tenha relação com o que ele sabia, é dever da
sociedade e das autoridades garantir que esses segredos sejam revelados, em
nome da justiça e da democracia.
Elvécio
Andrade é
radialista, jornalista, escritor e advogado especialista em direitos
Constitucional e Administrativo
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