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17/11/2024

Extrema direita no Brasil: Terrorismo e incompetência marcam atos frustrados

Explosão no Riocentro, em 1981

Por Elvécio Andrade

O Brasil tem enfrentado episódios de tentativa de terrorismo que, felizmente, não alcançaram seus objetivos. Em um cenário marcado pela polarização política, ações da extrema direita chefiada pelo ex-presidente inelegível Jair Bolsonaro e seus filhos, têm se destacado pela violência planejada e, ao mesmo tempo, pela incompetência que impediu tragédias de maiores proporções.

O atentado de Tiu França

O recente atentado ocorrido em 13 de novembro de 2024, na Praça dos Três Poderes, em Brasília, trouxe à tona a continuidade desse padrão. O bolsonarista conhecido como Tiu França explodiu-se próximo à estátua da justiça, em frente ao STF (Supremo Tribunal Federal). Apesar do impacto do ato, não houve feridos além do próprio terrorista. Essa ação, que tinha como objetivo desestabilizar o cenário político e causar terror, é um reflexo de tentativas semelhantes promovidas pela extrema direita no país.

Rio Centro: O plano que expôs a ditadura

Um exemplo clássico de terrorismo de extrema direita no Brasil ocorreu em 1º de maio de 1981, durante o período da Ditadura Militar. Na ocasião, agentes do DOI-Codi do 1º Exército planejaram um atentado no Riocentro, no Rio de Janeiro. O objetivo era detonar explosivos durante um show que reunia cerca de 20 mil pessoas, incluindo apresentações de Elba Ramalho e Gonzaguinha. A ideia era gerar pânico e culpar grupos de esquerda da época, justificando uma repressão ainda mais brutal.

Por volta das 21h20m, entretanto, a bomba explodiu de forma acidental dentro do carro dos militares, matando o sargento Guilherme Pereira do Rosário e ferindo o capitão Wilson Dias Machado. Esse fracasso expôs a conspiração e gerou uma grave crise política no governo do general João Baptista Figueiredo. Contudo, o regime militar, em vez de investigar e punir os culpados, tratou de acobertá-los, evidenciando o comprometimento com ações ilegais e violentas.

A tentativa de explosão no aeroporto

Outro episódio recente ocorreu em 24 de dezembro de 2022, quando materiais explosivos foram encontrados próximo ao Aeroporto de Brasília. Os responsáveis, os bolsonaristas George Washington, Wellington Macedo e Alan Diego dos Santos, tinham um plano claro: causar uma explosão em um caminhão-tanque nas proximidades, em pleno período natalino.

Explosão em Brasília, 2024

Alan Santos confessou ter recebido a bomba no acampamento bolsonarista montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília. Ele deixou o artefato explosivo em um caminhão nos arredores do aeroporto, enquanto Wellington Macedo o ajudou na logística e George Washington foi responsável pela confecção da bomba. Apesar da gravidade da situação, a descoberta do explosivo antes do atentado evitou uma tragédia.

Incompetência e insistência

Esses episódios demonstram a insistência da extrema direita brasileira em recorrer a atos de terrorismo para promover o caos e desestabilizar a democracia. Contudo, sua falta de organização e competência tem sido a barreira que impediu que tragédias maiores marcassem a história recente do Brasil.

A falha em todos esses atentados não minimiza sua gravidade, mas evidencia um padrão de práticas extremistas frustradas levadas a cabo pelo bolsonarismo, cujo líder maior, Jair Bolsonaro, permanece solto, divulgando fakes news, fazendo ameaças às instituições e a autoridades, e disseminando o ódio. O Estado e a sociedade devem permanecer vigilantes para combater e prevenir qualquer tentativa de subverter a ordem democrática e a paz social por meio da violência e do terror.

Elvécio Andrade é radialista, jornalista, escritor e advogado especialista em direitos Constitucional e Administrativo


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