Por Elvécio Andrade
A recente descoberta
de um plano para assassinar figuras-chave da política brasileira, como o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o
ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, evidenciou o
quão próximo o Brasil esteve de um golpe de Estado. Caso tal conspiração
tivesse se concretizado, o país teria entrado em um período sombrio de
repressão, violência e autoritarismo, que sepultaria décadas de construção
democrática. O Brasil nunca esteve tão próximo de um rompimento violento com a
democracia e de um retrocesso institucional de proporções devastadoras
Caso o golpe tivesse
sido bem-sucedido, os pilares fundamentais da democracia brasileira teriam sido
destruídos. A imprensa seria censurada, impedindo a circulação de informações
críticas ao regime. O Congresso Nacional seria fechado, extinguindo a
representação popular e permitindo decisões arbitrárias e autoritárias.
Ministros do STF seriam depostos e presos, desmantelando o Judiciário como
guardião da Constituição. Além disso, adversários políticos seriam perseguidos,
encarcerados, e muitos poderiam ser submetidos a torturas, execuções ou
desaparecer sob a sombra do novo regime.
O governo de Jair
Bolsonaro e de sua família, marcada por atitudes hostis à democracia, teria
encontrado no golpe a oportunidade perfeita para consolidar um projeto de poder
autoritário, se transformando em uma espécie de Nicolás Maduro, ditador da
Venezuela. Com liberdade para saquear os cofres públicos, poderiam fechar
emissoras críticas e suprimir qualquer oposição. Escândalos como o roubo das
joias pertencentes ao Estado seriam abafados e jamais viriam à tona.
De acordo com as
investigações, a execução de Lula, Alckmin e Moraes estava marcada para o dia
15 de dezembro de 2022. A operação seria realizada por militares pertencentes a
missões especiais, conhecidos como Kids
Pretos, sob o pretexto de garantir a ordem pública. A estratégia sublinhava
o uso da força militar para legitimar ações criminosas contra o Estado
Democrático de Direito.
Felizmente, o plano
foi descoberto antes de ser executado. Muitos dos responsáveis pela conspiração
estão presos, o que demonstra a resiliência das instituições brasileiras em
proteger a democracia. No entanto, o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro,
acusado de ser o líder desse movimento golpista, e vários deputados do PL (Partido
Liberal), que supostamente financiaram e incentivaram a tentativa de golpe,
continuam em liberdade. Essa impunidade levanta uma questão inquietante: até
quando os responsáveis pela tentativa de destruir a democracia brasileira
ficarão impunes?
O episódio destaca a importância de mantermos vigilância constante e fortalecer as instituições democráticas para evitar que situações semelhantes se repitam. É essencial que a Justiça seja aplicada de forma imparcial, garantindo que todos os envolvidos sejam responsabilizados. A democracia brasileira resistiu a um ataque significativo, mas é preciso lembrar que ela não é indestrutível. A luta pela preservação do Estado Democrático de Direito deve ser contínua e incansável.
Elvécio Andrade é
radialista, jornalista, escritor e advogado especialista em direitos Constitucional
e Administrativo
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