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24/01/2025

Projeto de Lei de deputado moralista sobre “ato impróprio” em escolas gera revolta geral

Denninho causa revolta com projeto de lei

Por Elvécio Andrade

 

Um polêmico projeto de lei apresentado pelo deputado estadual bolsonarista Denninho Silva (União Brasil), no Espírito Santo, está gerando indignação entre professores, internautas e educadores. A proposta, considerada totalmente sem sentido, busca proibir atos de nudez, exibição de partes íntimas e performances de cunho erótico ou de conotação sexual em instituições de ensino públicas e privadas.

 

O texto, que tramita nas comissões de Justiça, Educação e Finanças da Assembleia Legislativa, foi amplamente criticado por ser considerado inútil e descolado da realidade educacional. Entre as proibições previstas estão atos impróprios como performances que “atentem contra a moral e os bons costumes”, além de manifestações que envolvam a retirada de roupas ou comportamentos que ultrapassem os limites do decoro, segundo o autor.

 

Para justificar o malfadado projeto de lei, o deputado moralista afirmou que o seu objetivo é preservar o ambiente de respeito, decoro e seriedade em instituições de ensino no Estado do Espírito Santo. De atuação insignificante naquela casa de leis, o deputado Denninho não tem a mesma preocupação em criar leis que resolvam graves problemas, se limitando a tentar perseguir estabelecimentos de ensinos (como todo político de direita faz), que já possuem legislação própria.

 

A resposta dos internautas ao deputado veio na hora, com os seguintes comentários: “mais um bolsonarista, que se investigar sua vida a fundo, descobrirá que ela é uma podridão total”; “Ato impróprio, deputado, é um povo burro eleger um excremento como você. Isso, sim, é um ato impróprio”; “Ato impróprio é fome, deputado. É sala de aula sem ventilação. É professor sem remuneração adequada. Ato impróprio é a desigualdade. Ato impróprio é o senhor falar de educação sem antes ter pisado no nosso chão”.

 

Várias são as críticas ao deputado sem noção: “É pra isso que te pagamos R$ 30 mil de salário? Combater um inimigo que nem existe? Única nudez que vi em muitos anos como professor, foi o nosso contracheque”; “A escola de vocês é assim? Na minha nunca teve nada disso não. De onde esse deputado inútil tirou essas asneiras?”; “Esse deputado deve estar usando muita droga estragada”.

 

“O magistério com tantas necessidades e esses parlamentares criando projetos midiáticos. Deviam criar leis que dê melhoria de condições de trabalho, reconhecendo o pedagogo como magistério para fins de aposentadoria, que limite a quantidade de alunos nas salas de aulas, que revise a lei de contratação de temporários, permitindo que o professor DT tenha licença para acompanhar o filho em consulta. As necessidades são muitas, mas eles só querem holofotes”.

 


Revoltado com as asneiras proferidas pelo parlamentar, um professor questionou o deputado, querendo saber quais são os atos impróprios que ocorrem nas escolas. “Só se for salas lotadas, salário inadequado, atendimento educacional especializado precarizado, ausência de laboratórios e bibliotecas, falta de profissionais, ambiente de trabalho insalubre, calor insuportável e tantos outros problemas, que não interessam ao deputado”, enfatizou

o professor.

 

Outro internauta acrescentou: “Estudei a vida inteira em escolas públicas, agora leciono em escola pública e nunca vi nenhuma dessas manifestações que esse senhor quer abolir das escolas do Espírito Santo. Por que não defende com tanto afinco uma melhoria salarial para os professores, além de melhorias nas escolas? Sinceramente, esses políticos que ficam criando situações para fingir que estão trabalhando, é de dar asco. Precisamos repensar nossos votos”.

 

“Estou desconfiado de que esse deputado, em seus momentos de delírios etílicos ou seja lá do que for, anda visitando os puteiros, bordeis e lupanares da Grande Vitória e está confundindo com escolas, onde professores desenvolvem um trabalho sério, mesmo sem o apoio por parte do Governo do Estado. Muitas vezes o professor tira do próprio bolso para comprar materiais para as escolas, que nem ventiladores têm e são verdadeiras saunas”, disse um professor.

 

Para finalizar, vale destacar o comentário de um internauta. Segundo ele, se o deputado realmente estivesse preocupado com a educação, estaria brigando por melhorias reais e não contra moinhos de vento. “Coisas imaginárias, de uma cabeça certamente prejudicada por alguma substância, ou pela ignorância e desconhecimento total do funcionamento das escolas capixabas”, enfatizou.

 

“O deputado Denninho ofende os educadores e demonstra desconhecimento do papel do educador propondo proibição de atos impróprios inexistentes que atentem contra a moral e os bons costumes, ignorando que a verdadeira imoralidade é o mau uso do dinheiro público, os baixos salários dos educadores e a farra com o dinheiro dos impostos dos cidadãos por parlamentares, que não fariam nenhuma falta ao Estado se deixassem de existir”, vociferou um professor.

 


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