Por Elvécio
Andrade
Um polêmico projeto de lei apresentado pelo
deputado estadual bolsonarista Denninho Silva (União Brasil), no Espírito
Santo, está gerando indignação entre professores, internautas e educadores. A
proposta, considerada totalmente sem sentido, busca proibir atos de nudez,
exibição de partes íntimas e performances de cunho erótico ou de conotação
sexual em instituições de ensino públicas e privadas.
O texto, que tramita nas comissões de Justiça,
Educação e Finanças da Assembleia Legislativa, foi amplamente criticado por ser
considerado inútil e descolado da realidade educacional. Entre as proibições
previstas estão atos impróprios como performances que “atentem contra a moral e
os bons costumes”, além de manifestações que envolvam a retirada de roupas ou
comportamentos que ultrapassem os limites do decoro, segundo o autor.
Para justificar o malfadado projeto de lei, o
deputado moralista afirmou que o seu objetivo é preservar o ambiente de
respeito, decoro e seriedade em instituições de ensino no Estado do Espírito Santo.
De atuação insignificante naquela casa de leis, o deputado Denninho não tem a
mesma preocupação em criar leis que resolvam graves problemas, se limitando a
tentar perseguir estabelecimentos de ensinos (como todo político de direita faz),
que já possuem legislação própria.
A resposta dos internautas ao deputado veio na
hora, com os seguintes comentários: “mais um bolsonarista, que se investigar
sua vida a fundo, descobrirá que ela é uma podridão total”; “Ato impróprio,
deputado, é um povo burro eleger um excremento como você. Isso, sim, é um ato
impróprio”; “Ato impróprio é fome, deputado. É sala de aula sem ventilação. É
professor sem remuneração adequada. Ato impróprio é a desigualdade. Ato
impróprio é o senhor falar de educação sem antes ter pisado no nosso chão”.
Várias são as críticas ao deputado sem noção: “É
pra isso que te pagamos R$ 30 mil de salário? Combater um inimigo que nem existe?
Única nudez que vi em muitos anos como professor, foi o nosso contracheque”; “A
escola de vocês é assim? Na minha nunca teve nada disso não. De onde esse
deputado inútil tirou essas asneiras?”; “Esse deputado deve estar usando muita droga
estragada”.
“O magistério com tantas necessidades e esses
parlamentares criando projetos midiáticos. Deviam criar leis que dê melhoria de
condições de trabalho, reconhecendo o pedagogo como magistério para fins de
aposentadoria, que limite a quantidade de alunos nas salas de aulas, que revise
a lei de contratação de temporários, permitindo que o professor DT tenha licença
para acompanhar o filho em consulta. As necessidades são muitas, mas eles só
querem holofotes”.
Revoltado com as asneiras proferidas pelo
parlamentar, um professor questionou o deputado, querendo saber quais são os
atos impróprios que ocorrem nas escolas. “Só se for salas lotadas, salário
inadequado, atendimento educacional especializado precarizado, ausência de
laboratórios e bibliotecas, falta de profissionais, ambiente de trabalho
insalubre, calor insuportável e tantos outros problemas, que não interessam ao
deputado”, enfatizou
o professor.
Outro internauta acrescentou: “Estudei a vida
inteira em escolas públicas, agora leciono em escola pública e nunca vi nenhuma
dessas manifestações que esse senhor quer abolir das escolas do Espírito Santo.
Por que não defende com tanto afinco uma melhoria salarial para os professores,
além de melhorias nas escolas? Sinceramente, esses políticos que ficam criando
situações para fingir que estão trabalhando, é de dar asco. Precisamos repensar
nossos votos”.
“Estou desconfiado de que esse deputado, em
seus momentos de delírios etílicos ou seja lá do que for, anda visitando os
puteiros, bordeis e lupanares da Grande Vitória e está confundindo com escolas,
onde professores desenvolvem um trabalho sério, mesmo sem o apoio por parte do
Governo do Estado. Muitas vezes o professor tira do próprio bolso para comprar
materiais para as escolas, que nem ventiladores têm e são verdadeiras saunas”,
disse um professor.
Para finalizar, vale destacar o comentário de
um internauta. Segundo ele, se o deputado realmente estivesse preocupado com a
educação, estaria brigando por melhorias reais e não contra moinhos de vento. “Coisas
imaginárias, de uma cabeça certamente prejudicada por alguma substância, ou
pela ignorância e desconhecimento total do funcionamento das escolas capixabas”,
enfatizou.
“O deputado Denninho ofende os educadores e demonstra desconhecimento do
papel do educador propondo proibição de atos impróprios inexistentes que
atentem contra a moral e os bons costumes, ignorando que a verdadeira
imoralidade é o mau uso do dinheiro público, os baixos salários dos educadores
e a farra com o dinheiro dos impostos dos cidadãos por parlamentares, que não
fariam nenhuma falta ao Estado se deixassem de existir”, vociferou um professor.
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