O CRAS (Centro de Referência em Assistência
Social) de Rio Bananal, no Norte do Espírito Santo, tem se tornado um símbolo
do descaso para a população que depende dos serviços oferecidos pelo órgão.
Reclamações de moradores apontam falhas no atendimento, falta de
responsabilidade dos servidores e abandono por parte da administração
municipal, deixando famílias em situação de vulnerabilidade sem acesso a
benefícios essenciais, como o Bolsa Família.
De acordo com relatos enviados ao Colatina News por usuários do serviço,
pessoas chegam ao CRAS ainda de madrugada, por volta das 3h, na esperança de
conseguir uma das apenas 10 senhas distribuídas por dia. Muitas delas saem de
comunidades rurais distantes, percorrendo longas distâncias a pé, carregando
crianças no colo, apenas para descobrir que as vagas já se esgotaram.
A situação é ainda mais crítica para mães que,
com três ou quatro filhos pequenos, enfrentam horas de caminhada por estradas
desertas e perigosas, muitas vezes sem sequer terem comido. “Sai de casa às 02h
da manhã, cheguei perto das 03h e as senhas já tinham acabado. Tive que voltar
sem ser atendida, com meus filhos chorando de fome”, desabafou uma moradora, que
preferiu não se identificar.
Outra senhora, visivelmente emocionada, culpou
o prefeito eleito pela degradação dos serviços públicos: “O maior
arrependimento da minha vida foi ter votado nele. Prometeu melhorias, mas só piorou
tudo. Estamos abandonados”. Do outro lado do balcão, os funcionários do CRAS
afirmam que trabalham com apenas um computador em funcionamento e que a demanda
supera em muito a capacidade de atendimento às diversas famílias ribanenses.
“Já pedimos ajuda à Prefeitura Municipal, mas
não obtivemos resposta. É desolador ver essas pessoas saindo de casa de
madrugada e voltarem sem nada”, lamentou uma servidora, que também não quis se
identificar. Ela enfatizou que apesar de ter apenas um computador para
atendimento no CRAS, ele ainda tem que ser utilizado para a realização de
outras tarefas internas.
A população cobra medidas urgentes por parte da
Administração Pública para resolver o problema e garantir um atendimento digno aos
cidadãos que dependem do CRAS. Mas enquanto a Administração Municipal não se
pronuncia, a população ribanense segue enfrentando filas intermináveis,
esperança esgotada e a dura realidade de um serviço público que, em vez de
acolher, exclui.
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