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20/08/2019

Defunto aperta a mão da viúva e o velório é interrompido pelos familiares

Raimundo foi sepultado no Cemitério São Miguel

Já imaginou você no velório de um ente querido e de repente o cadáver apertar sua mão? Foi justamente isso que aconteceu em um velório na última sexta-feira, 16, no Município de São Luís do Curu/CE, onde o defunto Raimundo Bezerra, 61 anos, apertou a mão da viúva, causando o maior rebu.

Raimundo passou mal na noite de quinta-feira, 15, na cadeia de Trairi/CE, onde estava preso e foi socorrido ao Hospital de Itapipoca, onde morreu de infarto durante o tratamento médico. Encaminhado ao velório, por volta das 11h30m familiares acionaram o Samu, relatando que Raimundo estava vivo.

Com a chegada do Samu, familiares de Raimundo informaram à equipe que o morto tinha apertado a mão da viúva, se mexeu no caixão e o corpo suava muito. A equipe médica realizou os exames necessários no defunto e confirmaram que Raimundo estava mortinho da silva, sem chances de voltar a viver.

A informação dos responsáveis pelo Samu não agradou aos familiares de Raimundo, que inconformados retiraram seu corpo do caixão e o levaram ao Hospital Municipal Antônio Ribeiro da Silva, para que seu corpo se submetesse a uma nova avaliação médica, com mais recursos tecnológicos.


O corpo foi de novo periciado, mas, segundo a direção do hospital, não foram detectados sinais vitais pela equipe médica e o defunto foi liberado para sepultamento. Assim, depois do vai-e-vem, Raimundo foi finalmente levado para o descanso eterno no Cemitério São Miguel, por volta das 18h.

O que aconteceu

George Sanguinetti, professor de Medicina Legal da Ufal (Universidade Federal de Alagoas), disse em entrevista à imprensa que é praticamente impossível se tratar de um caso de catalepsia (morte aparente), pois com o avanço da medicina, com exames, é difícil ocorrer diagnóstico errado de óbito.

O corpo de Raimundo, segundo ele, foi examinado três vezes para detectar a morte real e a morte aparente. Neste caso, segundo o médico, pode ter ocorrido espasmos cadavéricos com contratura muscular de membros, fazendo com que o lado afetivo da família acreditasse na possibilidade de ele estar vivo.


Sanguinetti explica que há fenômenos que fazem parte da realidade de morte que podem confundir as pessoas, pois após a morte, nem todas as células morrem imediatamente. Ele cita como exemplo a barba, que pode crescer por até seis horas e o sistema digestivo funcionar por até uma hora.

“Além disso”, prossegue o médico, “há os espasmos cadavéricos provocados pela movimentação na placa mioneural, bem como a contratura muscular, que com o passar do tempo da morte, o corpo vai ficando rígido”. Para os moradores da cidade, esse episódio ainda será lembrado por um bom tempo.
                                    




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