Uma pesquisa no site do Tribunal de Justiça comprova... |
“Na PM há pessoas descontroladas, não
capacitadas e violentas. Aqui em Linhares/ES, de janeiro até agora já mataram
mais de sete pessoas. Nem na ditadura isso ocorria. É hora de repensar nossa
polícia. Ela não é confiável”. A afirmação é do advogado que comentou a morte
do cidadão no DPJ.
De acordo com as primeiras informações
obtidas junto ao hospital, Walter Almeida Santos, 41 anos, foi atingido por 11
disparos de ponto quarenta. Contudo, após a divulgação da notícia, foi enviado
ao site a informação de que ao invés de 11, foram seis disparos, que provocaram
11 perfurações.
Com a divulgação da notícia, o advogado
ouvido pelo site foi massacrado por acusações e manifestações de ódio, como se
os policiais tivessem feito um favor à sociedade, matando um cidadão que não
representava nenhum perigo. “Nos meus quase 30 anos de advocacia nunca tinha
visto coisa igual”.
Segundo o advogado, esse tipo de
acontecimento é um precedente perigoso e os policiais que mataram Walter precisam
ser punidos severamente. “Isso demonstra a irresponsabilidade de palavras de
lideranças políticas. É o efeito Bolsonaro que precisa ser evitado antes que
outras pessoas sejam mortas”.
Ao justificar o motivo pelo qual não se
identificará, por enquanto, o advogado cobra a participação da OAB e da
Assembleia Legislativa nesse acontecimento, pois Walter se tratava de um
cidadão de bem, trabalhador rural, sem antecedentes criminais, que por azar
acabou se envolvendo em uma briga.
...que Walter era um cidadão de bem |
“Temos que parar com essa carnificina. O
Brasil tem leis que devem ser seguidas. Não estamos mais na ditadura. Não
podemos aceitar que policiais saiam por aí matando a torto e a direito. É
preciso que o governador do Estado tome uma providência contra esses policiais.
Chega de barbárie”.
O Colatina
News ouviu um tenente da Polícia Militar sobre o trágico acontecimento.
Segundo ele, a orientação nesse caso é de apenas um disparo. Se o indivíduo estiver
distante, nem mesmo o disparo é permitido. “Nossos policiais são capacitados
para resolver esse tipo de ocorrência”.
A morte de um detento dentro do DPJ de
Colatina chocou não só as pessoas de bem do Município, como deste e de outros estados,
haja vista que, de acordo com as análises de pessoas ligadas à área de
segurança, o prisioneiro usando como armas telhas e pedaço de pau não
representava tanto perigo.
“Podem ter certeza que vou acompanhar de
perto esse episódio trágico e exigir punições para os culpados. E outra. Vou,
sim, procurar a família para acionar o Estado. E se me aceitarem na causa, não
vou cobrar nada. Caso a gente vença, farei questão de destinar o valor da
sucumbência para a Apae”.
Uma pesquisa no site oficial do Tribunal de
Justiça do Estado do Espírito Santo comprova que Walter de Almeida Santos,
trabalhador rural, não tinha envolvimento com a justiça e era uma pessoa de
bem. “Com certeza ele era mais limpo na justiça que alguns de seus executores”,
finaliza o advogado.
O Colatina
News, como órgão de comunicação democrático, respeita o direito constitucional
do advogado de não querer se identificar no momento por medo de represálias,
assim como se coloca à disposição da Sesp e da Polícia Militar para suas
manifestações caso queiram, pelo e-mail colatinanews@gmail.com.
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