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20/10/2019

Advogado quer OAB e Assembleia Legislativa apurando morte de cidadão no DPJ


Uma pesquisa no site do Tribunal de Justiça comprova...
“Na PM há pessoas descontroladas, não capacitadas e violentas. Aqui em Linhares/ES, de janeiro até agora já mataram mais de sete pessoas. Nem na ditadura isso ocorria. É hora de repensar nossa polícia. Ela não é confiável”. A afirmação é do advogado que comentou a morte do cidadão no DPJ.


De acordo com as primeiras informações obtidas junto ao hospital, Walter Almeida Santos, 41 anos, foi atingido por 11 disparos de ponto quarenta. Contudo, após a divulgação da notícia, foi enviado ao site a informação de que ao invés de 11, foram seis disparos, que provocaram 11 perfurações.

Com a divulgação da notícia, o advogado ouvido pelo site foi massacrado por acusações e manifestações de ódio, como se os policiais tivessem feito um favor à sociedade, matando um cidadão que não representava nenhum perigo. “Nos meus quase 30 anos de advocacia nunca tinha visto coisa igual”.

Segundo o advogado, esse tipo de acontecimento é um precedente perigoso e os policiais que mataram Walter precisam ser punidos severamente. “Isso demonstra a irresponsabilidade de palavras de lideranças políticas. É o efeito Bolsonaro que precisa ser evitado antes que outras pessoas sejam mortas”.

Ao justificar o motivo pelo qual não se identificará, por enquanto, o advogado cobra a participação da OAB e da Assembleia Legislativa nesse acontecimento, pois Walter se tratava de um cidadão de bem, trabalhador rural, sem antecedentes criminais, que por azar acabou se envolvendo em uma briga.

...que Walter era um cidadão de bem
“Temos que parar com essa carnificina. O Brasil tem leis que devem ser seguidas. Não estamos mais na ditadura. Não podemos aceitar que policiais saiam por aí matando a torto e a direito. É preciso que o governador do Estado tome uma providência contra esses policiais. Chega de barbárie”.

O Colatina News ouviu um tenente da Polícia Militar sobre o trágico acontecimento. Segundo ele, a orientação nesse caso é de apenas um disparo. Se o indivíduo estiver distante, nem mesmo o disparo é permitido. “Nossos policiais são capacitados para resolver esse tipo de ocorrência”.

A morte de um detento dentro do DPJ de Colatina chocou não só as pessoas de bem do Município, como deste e de outros estados, haja vista que, de acordo com as análises de pessoas ligadas à área de segurança, o prisioneiro usando como armas telhas e pedaço de pau não representava tanto perigo.

“Podem ter certeza que vou acompanhar de perto esse episódio trágico e exigir punições para os culpados. E outra. Vou, sim, procurar a família para acionar o Estado. E se me aceitarem na causa, não vou cobrar nada. Caso a gente vença, farei questão de destinar o valor da sucumbência para a Apae”.


Uma pesquisa no site oficial do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo comprova que Walter de Almeida Santos, trabalhador rural, não tinha envolvimento com a justiça e era uma pessoa de bem. “Com certeza ele era mais limpo na justiça que alguns de seus executores”, finaliza o advogado.

O Colatina News, como órgão de comunicação democrático, respeita o direito constitucional do advogado de não querer se identificar no momento por medo de represálias, assim como se coloca à disposição da Sesp e da Polícia Militar para suas manifestações caso queiram, pelo e-mail colatinanews@gmail.com.




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