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19/10/2019

Homem é morto com 11 tiros dentro de DPJ e Sesp fala que foi legítima defesa

Walter foi morto por policiais dentro de DPJ com 11 tiros

Um homem foi morto com requintes de execução dentro da Delegacia Regional de Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, na madrugada deste sábado. Trata-se de Walter Almeida Santos, 41 anos, que foi morto por policiais com 11 tiros ponto quarenta em uma confusão durante a madrugada na delegacia.

Walter foi preso as 14h de sexta-feira, 18, no Córrego Morobá, na Zona Rua São Domingos do Norte/ES, acusado de causar lesões corporais em Rose Helena Wageimuckes, Ildomar Roog e Leonildo Westpahl. As vítimas foram socorridas ao Hospital de São Gabriel da Palha e Walter levado para Colatina.

De acordo com nota da Sesp (Secretaria de Estado de Segurança Pública), os policiais agiram em legítima defesa, haja vista que Walter agrediu o policial civil quando este colocava mais um preso na cela e, se valendo de uma telha e um pedaço de pau, partiu para cima dos policiais militares que estavam no local.

Um advogado que pede para não ser identificado, afirmou que a nota da Sesp é absurda, pois a vítima foi morta dentro da delegacia com 11 tiros, quando apenas dois tiros, um em cada braço ou perna, seriam suficientes para conter o detento. “Essa morte tem todas as características de queima de arquivo”, disse ele.

Outra observação do advogado é com relação às armas utilizadas pelo prisioneiro segundo a Sesp, que foram uma telha e um pedaço de pau. “O que tais objetos estavam fazendo dentro de uma cela de delegacia? Ele estava em uma unidade prisional ou numa obra pública?” questionou o advogado.


Outra irregularidade detectada na Delegacia Regional foi a permanência de uma adolescente presa em local destinado a homens. O fato foi constatado por um representante do Conselho Tutelar de Colatina, mas a Sesp, questionada sobre o assunto, disse apenas que não sabia da existência desse fato.

“O assassinato de um prisioneiro dentro da Delegacia Regional de Colatina é um fato grave e mostra o despreparo tanto do policial civil que supostamente foi atacado, como dos policiais militares que executaram a vítima. Isso precisa ser apurado e os policiais rigorosamente punidos”, finaliza o advogado.

Também precisa ser rigorosamente investigado porque uma menor estava presa e exposta em um local destinado a prisioneiros masculinos. Caberá ao Ministério Público tomar as devidas providências, no sentido de apurar se se trata de um caso isolado, ou se tal prática é comum na Delegacia Regional de Colatina.


A referida menor foi atingida por estilhaços das balas que mataram Walter e teve que ser socorrida a um hospital, onde foi medicada e depois liberada. Segundo informações, após o atendimento hospitalar a menor foi encaminhada ao Conselho Tutelar, que por sua vez a entregou a seus pais.




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