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26/03/2020

Duas mil Operárias do Sexo podem virar moradoras de rua por causa do vírus

Hoteis tradicionais fechando em BH (Foto: Tiago Fonseca)

Mais de duas mil operárias do sexo deixarão de prestar seus serviços em Belo Horizonte/MG, uma vez que estão impedidas de trabalhar por causa do distanciamento social imposto pelo surto de Coronavírus. Muitas delas sofrem também com o fechamento dos hotéis do baixo centro, onde residem e atendem.

Elas atuam em 28 hotéis da capital mineira, segundo números repassados pela Aprosmig (Associação de Prostitutas de Minas Gerais). As prostitutas temem que, com o distanciamento social imposto pelo Coronavírus, o destino de muitas delas seja virar moradoras de rua, haja vista que não possuem outras rendas.

As operárias do sexo não têm apoio da prefeitura, que ainda não sabe o que fazer diante da situação. Um dos poucos auxílios que estão conseguindo vem de ONGs, coletivos e pastorais, que temem que a precariedade imposta ao baixo meretrício de Belo Horizonte contribua para o agravamento do surto do vírus.

Operárias do Sexo em desespero
Fundadora do Coletivo Clã das Lobas, Fátima Muniz afirmou que já são vistas como veículos de doenças e não querem reforçar ainda mais essa “marca tão ruim”. O Coletivo Clã das Lobas promove ações culturais, d e saúde, além de assessoria jurídica para as operárias do sexo da capital mineira.

A entidade, segundo Fátima, conseguiu uma casa para alojar prostitutas que por ventura perderem a vaga em quartos alugados. “A lotação máxima da residência, no entanto, se restringe a apenas 50 mulheres, o que não é suficiente para atender à grande demanda, que aumenta a cada dia”, salienta Fátima Muniz.

Flávio Dornas, proprietário do Magnifico Hotel, tradicional na Rua Guaicurus, disse que ajudou a mobiliar a casa, e fez doações de mantimentos e produtos de higiene para o local. Disse, ainda, que optou por fechar 52 apartamentos de seu estabelecimento, mas não vai dispensar funcionários e nem reduzir salários.

O hoteleiro tinha plano de fechar o hotel desde domingo, para garantir a segurança das meninas (que aluga os quartos), além dos funcionários e pessoas que frequentam o hotel. “Ainda há seis garotas aqui, mas duas estão voltando para o interior e as outras serão encaminhadas para o Clã das Lobas”, disse ele.



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