Polícia interrompe festa de casamento |
A Polícia Militar, em apoio à Defesa Civil,
interrompeu na manhã de sexta-feira, 12, em Fundão, na Região da Grande
Vitória, uma animada festa de casamento que já durava dois dias e contava com a
presença de mais de 300 convidados. O evento festivo estava acontecendo no
litoral de Praia Grande.
As comemorações estavam acontecendo no Bairro
Direção, em Praia Grande, desde quarta-feira, 10 e encerrariam na tarde de
sexta-feira. O nome do casal não foi divulgado em decorrência da interpretação
equivocada que a polícia dá à Lei de Abuso de Autoridade, e os presentes à
festa não foram identificados.
Na quinta-feira, 11, homens da Defesa Civil interromperam a festa, ocasião em que os convidados deixaram o local e a
comemoração foi encerrada. Entretanto, no dia seguinte houve continuidade, acarretando
a intervenção da polícia para fazer valer o Decreto estadual que proíbe
aglomerações.
A intromissão da polícia em um evento
particular não agradou alguns dos participantes da comemoração. Houve até quem
afirmasse que a obediência ao Decreto não é fiscalizada em todo Estado, citando como exemplo a festa para mais de 200 pessoas realizada em Marilândia, promovida por um médico.
“Na festa de lá havia várias pessoas
contaminadas pelo vírus, inclusive o prefeito, a primeira-dama e o médico que a
promoveu, e mesmo assim em momento algum houve a intervenção da polícia ou da
Defesa Civil. A proibição deveria ser igual para todos”, desabafou o convidado Marco
Antônio Oliveira.
Ele acrescenta que enquanto houver esse tipo de
proteção a pessoas detentoras de poder ou de destaque social, o país não sairá
da situação de subdesenvolvido. “Era uma festa particular e todos que ali estavam
sabiam do risco que estavam correndo. Foi um ato ditatorial e ridículo”,
finaliza Marco.
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