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Sidiclei e vereador aparecem do nada... |
O prefeito Sidiclei Giles de Andrade, de
Pancas, no Noroeste do Espírito Santo, é alvo de mais uma reclamação de
moradores. Dessa vez a acusação é de uso dos poderes econômico e político ao
postar propaganda política divulgando um vídeo em que vai pessoalmente
acompanhar uma obra de calçamento.
A obra é o calçamento de uma rua íngreme do
Bairro Sebastião Furtado. No vídeo ele, que estava acompanhado pelo vereador Pera, fala sobre a obra e afirma que
está ali “para garantir que a obra vai sair com qualidade”. Segundo um advogado
consultado pelo site, isso configura propaganda antecipada.
A presença de Sidiclei no local das obras
chamou a atenção de alguns moradores. Segundo eles, o prefeito nunca foi ao
bairro e agora, com as proximidades das eleições, aparece do nada. “Ele deixou o
bairro abandonado todo esse tempo e agora aparece do nada dando uma de fiscalizador”.
O comentário é de João Paulo. Segundo ele, o
prefeito nunca atendeu as reivindicações dos moradores, sempre empurrou com a
barriga e agora, no final do mandato “sabendo que vai levar uma coça nas urnas”,
aparece dando uma de salvador da pátria, tentando comprar a consciência dos
moradores.
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...em obra de característica eleitoreira |
“Não somos bobos. Ele acha que calçando essa
rua que já deveria ter sido calçada há séculos vai colocar mel na nossa boca,
está enganado. Deixou-nos abandonados todos esses anos e agora aparece com a cara
de pau”, disse uma moradora que não quis ser identificada por ser muito
conhecida no bairro.
O advogado, que prefere não se identificar
por temer perseguição política, acredita que o Ministério Público deverá tomar
providências contra a propaganda eleitoral disfarçada feita por Sidiclei no
morro do Bairro Sebastião Furtado. “Está na cara o abuso de poderes econômico e
político”, disse ele.
O advogado explica ao Colatina News que uso de poder econômico em matéria eleitoral é a
utilização excessiva, antes ou durante a campanha, de recursos financeiros ou
patrimoniais que busquem beneficiar candidato, partido ou coligação, afetando,
dessa forma, a normalidade e a legitimidade do pleito.
“Já o abuso do poder político”, prossegue o
advogado, “está diretamente relacionado à liberdade do voto. Ele ocorre nas
situações em que o detentor do poder vale-se de sua posição para agir de modo a
influenciar o voto do eleitor. Em resumo, é o ato de autoridade exercido em
detrimento do voto”, conclui.
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