Na contramão dos acontecimentos e em
desacordo com o Vaticano, a Arquidiocese de Nova Orleans, nos Estados Unidos da
América, aconselhou os católicos a não receberem a nova vacina da Johnson &
Johnson contra o Coronavírus, sob alegação de que a dose única é moralmente
comprometida.
A Arquidiocese, em comunicado na sexta-feira,
26, disse que a nova vacina deve ser evitada pela sua ligação com uma “linhagem
celular derivada do aborto” nas suas fases de desenvolvimento e produção,
ressalvando que as vacinas disponíveis da Pfizer-BioTech e Moderna são
moralmente aceitáveis.
Escreveu a Arquidiocese, considerada uma das
mais influentes nos Estados Unidos, que “a decisão de receber a vacina contra a
Covid-19 permanece uma decisão de consciência individual, em consulta com o
provedor de saúde”. E acrescenta: “Ao fazer isso, aconselhamos que, se a vacina
moderna ou Pfizer estiver disponível, os católicos devem escolher receber uma dessas
vacinas”.
Vaticano indica o uso de vacinas contra a Covid-19
O imunizante da Johnson & Johnson que
está sendo combatido pela Arquidiocese, foi aprovado do domingo, 28, e já está
disponível em postos de vacinação nos Estados Unidos, cujo governo fez uma
encomenda de 100 milhões de doses. A carga deverá ser totalmente entregue até o
fim de junho.
Há muito tempo a Igreja Católica considera
“moralmente ilícito” o uso de células-tronco de fetos abortados para fins
médicos. Entretanto, o Vaticano aprovou com ressalva em dezembro do ano
passado, o uso de vacinas produzidas a partir desse procedimento, haja vista o
objetivo de salvar vidas.
“Todas as vacinas reconhecidas como
clinicamente seguras e eficazes podem ser usadas em sã consciência, com a
certeza de que o uso de tais vacinas não constitui cooperação formal com o
aborto do qual derivam as células usadas na produção das vacinas”, esclareceu
em nota o Vaticano em dezembro passado.
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