Ativista Jonas Soprani é morto a tiros em um bar de Linhares por indivíduos encapuzados

Local onde o ativista Jonas Soprani foi morto a tiros

Foi morto a tiros no início da noite desta quarta-feira, 23, o ativista e presidente do GADH (Grupo de Apoio aos Direitos Humanos) Jonas da Silva Soprani. Ele estava em um bar situado no Bairro Novo Horizonte, em Linhares, no Norte do Espírito Santo, quando indivíduos encapuzados chegaram atirando contra ele.

 

Os assassinos chegaram de moto, atiraram e fugiram. Outro freguês do bar também foi atingido em um dos pés, mas não teve o nome divulgado. Jonas Soprani, que foi atingido com tiros na região da cabeça e do lado esquerdo do corpo, foi socorrido ao Hospital Rio Doce, mas não resistiu aos ferimentos.

 

A morte do ativista Jonas Soprani foi recebida com pesar pelos linharenses, que admiravam sua luta contra a corrupção, fazendo denúncias contra políticos da região por práticas, segundo ele, irregulares. A polícia partiu no encalço dos assassinos, mas até a publicação desta notícia não tinham sido capturados.

 

Jonas Soprani era incansável na luta contra a corrupção

Jonas divulgava suas denúncias de corrupção pelas redes sociais, por meio de publicação de vídeos e postagem de textos. Desde prefeito a vereadores, Jonas Soprani estava sempre atento e a qualquer indício de irregularidade, recorria ao Ministério Público. Em virtude de sua atuação, muitos políticos chegaram a ser condenados, inclusive com perda de direitos políticos.

 

A sua atuação não se limitava apenas a Linhares. Ele atuava também na região e participava de manifestações contra políticos corruptos, sendo que uma de suas mais importantes participações ocorreu em São Gabriel da Palha, onde dois vereadores acusados de corrupção chegaram a serem presos.

 

“A polícia, durante as investigações, certamente vai se valer das postagens do ativista nas redes sociais para chegar ao mandante desse crime covarde. Suspeitos de terem mandado mata-lo é o que não falta em Linhares e esperamos que a justiça seja feita e o culpado exemplarmente punido”, disse um amigo que preferiu não se identificar por medo de sofrer represálias.

 

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