A cidade de Barra de São Francisco, no Noroeste do
Espírito Santo, respira aliviada com a iniciativa do prefeito Enivaldo dos
Anjos (PSD), de baixar decreto proibindo circulação de veículos com som alto
pela cidade, principalmente veículos de propaganda volante, os mais criticados
pelo povo.
A luta de grande parcela da população francisquense
contra o barulho ensurdecedor provocado por esses carros de som é antiga e não
conseguia o apoio do Poder Público, que sempre se omitiu. “Agora a coisa é
diferente. Agora temos prefeito na cidade e não bundões”, disse o pedreiro José
Calebe.
Graças aos baderneiros do som, Barra de São
Francisco é considerada a cidade mais barulhenta do Estado. O campeão de
reclamações é um carro de som que circula pela cidade com a voz horrível de um
cidadão que grita mais que divulga quem o contratou. “A voz dele é muito irritante”,
diz o pedreiro.
Idoso reclama de caminhonete preta com som muito alto
A comerciante popular Maria do Carmo Loredo também demonstrou
satisfação com a novidade. “Muitas vezes a gente nem consegue trabalhar por
causa desse pessoal barulhento. A coisa estava se tornando insuportável e
alguma providência tinha que ser tomada. Parabéns ao prefeito Enivaldo”,
comenta ela.
Já o autônomo Jair Alves Siqueira coloca em dúvida
a eficácia dos carros de som. “Eles fazem contrato com as lojas e só falam da
propaganda quando estão passando na porta da loja. Além do mais, temos quatro
emissoras de rádio na cidade, que dão muito mais retorno que carros de som”,
enfatiza.
Para um aposentado que mora no centro da cidade e
não quis ser identificado, o problema maior são as motos barulhentas e sim uma
caminhonete preta que circula pelas avenidas, conduzida por um jovem
irresponsável com o som extremamente alto, que dá para ouvir na saída da cidade
e a polícia nada faz.
Som de rua agora só se a tender aos requisitos
O prefeito tomou a iniciativa em atendimento a várias
reclamações contra sons de rua e a guerra de som praticada por farmácias no
centro da cidade, tornando a vida das pessoas num inferno. As principais
avenidas da cidade, a Jones dos Santos Neves e Prefeito Manoel Vilá, são as
mais prejudicadas.
De acordo com o Decreto do prefeito, quem quiser
explorar o som de propaganda volante na cidade terá que requerer alvará de
funcionamento na prefeitura, pagar taxas e funcionar com som moderado somente
onde for permitido, respeitando as distâncias de 200 metros dos órgãos públicos
locais.
“Esse tipo de propaganda torna Barra de São
Francisco uma cidade atrasada. Publicidade hoje é rede social, rádios, sites e
outros meios atuais. Precisamos organizar a cidade”, enfatizou o prefeito. A
fiscalização será feita pela polícia e por fiscais do Município. Donos de lojas
e carros de som já foram comunicados.
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