Mulheres do Coletivo Feminista se reuniram em
um protesto em frente ao 10º BPM de Guarapari pedindo o fim da violência
policial e da violência contra a mulher. O protesto foi motivado por causa de
um vídeo mostrando dois policiais militares espancando uma senhora durante abordagem
ocorrida no sábado, 25.
O vídeo gravado por uma testemunha mostra os
policiais agredindo com violência uma mulher com joelhadas na barriga e tapas na
cara, mesmo a vítima estando imobilizada. A violência policial gerou revolta no
país inteiro em decorrência da frieza com que os policiais espancaram a mulher
indefesa.
As mulheres pediram no protesto o fim da
Polícia Militar, por acreditarem que a instituição não oferece um trabalho de
segurança pública efetiva e de qualidade. “A instituição está contaminada pelo
machismo estrutural. Acreditamos que a sua desmilitarização contribuirá para
uma segurança pública efetiva e de qualidade”, disse a advogada Rosânia da
Silva Soares.
A advogada enfatiza que o ato foi uma
violência policial contra uma mulher preta, pobre e periférica, em vulnerabilidade
psicológica, com justificativa de conter o surto psicótico. “O policial
desferiu socos, tapas, joelhadas e jogou no chão numa atitude não condizente
com a ação que deveria ser de um policial. Uma mulher rica não teria sido
abordada da mesma forma”, disse a advogada.
A manifestante Elisa O’Neill disse que a
violência não se justifica, pois “era uma mulher, dois homens bem maiores que
ela, empregando violência desproporcional. A alegação de legítima defesa não cabe
pela desproporcionalidade. Este caso foi filmado, mas isso acontece todos os
dias”.
Em declaração à imprensa, o tenente-coronel
Caus, comandante do 10º BPM de Guarapari, enfatizou que o batalhão está de
portas abertas para receber o grupo e prestar todos os esclarecimentos
necessários. Disse, ainda, que foi aberto um Inquérito Policial Militar, com o
prazo de 40 dias para ser concluído.
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