Emileide Magalhães foi
condenada a 39 anos, oito meses e quatro dias de prisão em regime fechado por
ter matado de forma cruel a filha Gabrielly Magalhães, que tinha apenas 10 anos
quando foi estrangulada e enterrada viva de cabeça para baixo pela mãe em
Brasilândia/MS. O crime chocou todo o país na época.
O júri aconteceu durante o dia
de quarta-feira, 12, na cidade de Três Lagoas. A defesa tentou desqualificar o
crime, mas o conselho de sentença condenou a ré, por maioria dos votos, por
homicídio quadruplamente qualificado, além de ocultação de cadáver, comunicação
falsa de crime e corrupção de menores.
Durante o julgamento Emileide
disse que amava a filha e não sabia o que estava fazendo no dia do crime, por ter
ingerido bebida alcoólica e usado cocaína. Disse, ainda, não se lembrar bem dos
detalhes e afirmou que não sabia sobre os abusos cometidos pelo marido André
Luiz Ferreira Piaui contra a criança.
A assassina disse que quando
jogou a filha dentro do buraco pensou que ela já tivesse morrido e disse que
estava arrependida. Ela afirmou que às vezes recebe cartas do ex-marido que
está preso por estupro de vulnerável, mas que não tem mais relacionamento com
ele. Emileide não poderá recorrer em liberdade.
O momento mais emocionante do
julgamento aconteceu quando o juiz Rodrigo Pedrini Marcos passou a ler trechos
das cartas escritas por Gabrielly para a mãe, dizendo que a amava muito, que a
mãe era a coisa mais linda do mundo e que iria ter uma vida muito longa. Pessoas
que assistiam ao julgamento choraram.
Gabrielly foi asfixiada e enterrada viva pela mãe com a ajuda do irmão de 13 anos no dia 21 de março de 2020. Em 2019 a criança disse a uma colega de sala que estava sendo estuprada
pelo padrasto. A colega a orientou a falar para a professora, mas ela disse que
já tinha sido ameaçada pela mãe e nada disse.
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