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03/02/2022

Pastor e esposa indiciados por escravizarem jovens indígenas e deixá-los sem alimentação

Os jovens trabalhavam até 10 horas seguidas (Foto: Ilustração)

Foram indiciados pela Polícia Civil um pastor e a mulher dele que não tiveram os nomes divulgados pela polícia. Eles são acusados de manterem em trabalho escravo dois primos indígenas, de 15 e 19 anos, que foram retirados pelos acusados da aldeia onde viviam no interior do Pará, para trabalhar para eles.

 

De acordo com as investigações da polícia, os indígenas, que estravam com o casal desde setembro de 2021, eram obrigados a vender melancias no Município de Porto Grande, na Região Central do Amapá, sem receber nenhum salário pelo serviço e ainda eram impedidos de manterem contato com outras pessoas.

 

Na delegacia os jovens contaram que o pastor ficou uma temporada na aldeia deles e os convenceu a ir com ele com a promessa de que poderiam estudar, mas quando chegaram a realidade era outra. Além de terem que trabalhar como escravos, ainda passavam fome e não podiam parar nem para ir ao banheiro.

 

Delegado Bruno é o responsável pelas investigações

Segundo o delegado Bruno Braz, os indígenas dormiam em condições precárias, enquanto o pastor e a mulher dele se aproveitavam da situação. O caso foi descoberto após o pastor ir ao Conselho Tutelar pedir ajuda para os jovens retornarem para casa, pois uma vizinha descobriu a escravidão e os abrigou.

 

Os indígenas, que foram devolvidos a aldeia localizada nas margens do Rio Curupi, em Paragominas/PA, trabalhavam até 10 horas por dia, não tinham folgas e nem salários e quase não comiam. O pastor e a esposa negaram a acusação e disseram que buscavam apenas “dar uma vida melhor a eles”.

 

O papo furado do casal não colou e o pastor e a esposa foram indiciados por prática de trabalho escravo e por subtração de incapazes, pois de acordo com a polícia, o casal não tinha nenhum documento ou autorização para retirar os jovens da aldeia onde residiam. Os dois vão aguardar julgamento em liberdade.

 

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