Moradores de Colatina, no Noroeste do Espírito
Santo, cujos nomes não serão divulgados para evitar represálias, denunciam o
aumento gradativo da violência na cidade e a falta de política de segurança
pública por parte do governo estadual para amenizar a situação de insegurança
em que vive a população.
Na reclamação os moradores colatinenses enfatizam
que Colatina é apenas uma parte do problema enorme que tomou conta do Espírito
Santo, onde a violência galopante é uma realidade. “O governo nada faz para combater
a violência que toma conta do Estado, principalmente no interior, onde parece
não haver polícia”.
Afirmam os denunciantes, que ter acesso à polícia
tornou-se na coisa mais difícil. “Quando surge alguma ocorrência policial e
acionamos a polícia, é uma eternidade para que os policiais apareçam. E quando
aparecem, a presença deles já não é mais necessária, pois o crime já foi
cometido e o bandido fugiu”.
Atendimento policial demora muito
A triste realidade é relatada por uma dona de casa
que recentemente teve sua bolsa roubada em um ponto de ônibus. Na ocasião ela
ligou para a polícia e só depois de quase 40 minutos é que uma viatura
apareceu. “Quando chegaram já não havia mais necessidade. O ladrão já tinha
fugido e não seria encontrado”.
Outro morador reclama da falta de policiamento nos
bairros da cidade. “Os bairros de Colatina estão totalmente abandonados,
principalmente pela polícia, que é coisa rara aparecer. Tem bairro, como o meu
por exemplo, que há duas semanas não passa uma viatura policial, para alegria
da bandidagem local”.
Segundo o morador, com a ausência da polícia a
bandidagem deita e rola e o tráfico corre à luz do dia. “Estamos à mercê da
bandidagem, pois não temos a quem recorrer. A nossa única esperança era a
polícia, mas nem com ela podemos mais contar. Nossos bairros estão totalmente
abandonados em tudo”.
Moradores se dizem reféns de
bandidos
“Polícia em Colatina só atua no centro da cidade e
em bairros da elite. Os bairros onde realmente necessita de policiamento, passa
semanas sem ver uma viatura policial, e nós, cidadãos cumpridores de nossas
obrigações tributárias, ficamos ao léu, à mercê da bandidagem e vivendo sem um
mínimo de dignidade”.
Acrescenta o morador, que por falta de apoio do
Estado em termos de segurança pública, cidadãos vivem reféns de criminosos, “e
quem ousar denunciar suas atuações nos bairros é morto, como ocorreu
recentemente”, disse o morador, mencionando Nilson de Amaral Gomes, morto por
denunciar um bandido.
Ao finalizar o morador enfatiza que o governador
Renato Casagrande ao invés de procurar encontrar uma solução para o problema de
falta de segurança no Estado, fica se preocupando com a violência no Estado do
Amazonas. “Não aguentamos mais tanta incompetência desses governantes”,
vocifera o morador.
Atuação do capitão
Balbino é lembrada
Um
advogado local que pediu para não divulgar seu nome para evitar represálias
disse que a baderna e a violência começaram a tomar conta de Colatina a partir
do momento em que impediram o capitão Balbino de atuar, porque ele, segundo disse
o advogado, abordou e prendeu parentes do deputado federal Da Vitória.
“Desde
que afastaram o capitão Balbino das ruas que a situação em Colatina piorou
muito. Com ele não havia traficantes atuando livremente, pois entrava com tudo.
Depois que ele foi afastado o índice de assassinatos aumentou assustadoramente, e assaltos e tráfico ocorrem todos os dias”, afirma o advogado.
“Na época do capitão Balbino a gente tinha segurança. Aqui mesmo no Bairro Operário e no Perpétuo Socorro a presença de policiais era constante. A partir do momento em que ele foi afastado por interferência do deputado Da Vitória, o policiamento ficou precário e o povo sem segurança”, finaliza o advogado.
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