Causou
revolta geral a decisão da Justiça Militar de São Paulo de absolver o policial
militar que pisou no pescoço de uma mulher negra durante uma ocorrência na Zona
Sul de São Paulo em 2020. O ato criminoso do policial arbitrário foi filmado
pelas câmeras de segurança existentes no local do crime.
Ele
foi absolvido por um conselho formado por cinco juízes, um civil e quatro
oficiais da PM. O juiz de direito e um dos oficiais votaram pela condenação,
mas foram vencidos pelos três oficiais. Também foi absolvido um cabo que era
acusado de falsidade ideológica e descumprimento das normas da corporação.
Na
época o crime chamou atenção do país inteiro, pelo fato de o soldado João Paulo
Servato ter subido sobre o pescoço da vítima e chegou a usar todo o peso do seu
corpo na prática do crime. A mulher disse ter quebrado a perna quando levou uma
rasteira do policial militar, que chegou a ser afastado das ruas.
O
Ministério Público o denunciou pelos crimes de lesão corporal grave, abuso de
autoridade, desrespeito às normas internas da PM e falsidade ideológica por
apresentar versão mentirosa na ocorrência, inclusive inventando que a vítima os
havia agredido com uma barra de ferro, quando na verdade foi um simples rodo.
“Essa
justiça militar é uma vergonha. Policiais não podem julgar policiais, pois são
todos da mesma laia. A Polícia Militar no Brasil se transformou em assassinos
com permissão oficial para matar e já passou da hora de deixar de existir, pois
ao invés de proteger, ameaça a sociedade”, disse um internauta.
Para
outro internauta, o julgamento foi uma farsa e deveria ter sido realizado por
juiz civil. “Como todos viram, somente o juiz civil e um dos oficiais votaram
pela condenação do policial delinquente, que deveria estar numa jaula e não
usando o uniforme de uma corporação tão importante para a sociedade”, salientou
ele.
“Mesmo
diante de todas as provas, o policial bandido pisando no pescoço de uma mulher
indefesa, o advogado dele tem a audácia de dizer que esse delinquente agiu em
legítima defesa. Esse bandido deve ter costume de agir assim e precisa ser
expulso da Polícia Militar”, desabafou um parente da vítima.
Ministério
Público e o advogado da vítima disseram que vão recorrer da sentença,
principalmente pelo fato de os julgadores não terem considerado as imagens do
crime bárbaro cometido pelo soldado delinquente. "Levaremos o caso às instâncias
superiores. Foi um absurdo esse julgamento”, disse o advogado.
Ajude-nos se inscrevendo no nosso canal noYoutube!
Siga-nos no Instagram: @colatinanews, no Facebook:
@sitecolatinanews!
Nenhum comentário:
Postar um comentário