Vários donos de estabelecimentos comerciais da
periferia procuraram o Colatina News
para denunciar a atuação truculenta e arbitrária da Polícia Militar em Barra de
São Francisco, no Noroeste do Espírito Santo. Segundo os reclamantes, quando
chega a madrugada eles aparecem e tocam o terror.
“O que estão fazendo é um absurdo, pois não
apresentam mandado judicial e nem explicam o motivo da invasão. Parece que é
preconceito porque nossos estabelecimentos estão na periferia. Por que não invadem
os bares no centro e em bairros como Vila Landinha e Campo Novo?”, reclama um
dono de bar.
Segundo os comerciantes, no último final de
semana os policiais realizaram mais uma ação noturna de surpresa em bares
querendo saber dos alvarás e ameaçando fechar o estabelecimento, como se
tivessem esse poder, que é inerente da Vigilância Sanitária. Segundo eles, a
atuação foi desrespeitosa.
“Eles atuaram de forma abusiva e agressiva,
como no Bar e Restaurante da Lúcia, que foi pega pelo braço e levada à força
para mostrar os documentos de seu comércio. Como se não bastasse, eles a xingaram
e a levaram para a Delegacia de Polícia sem qualquer motivo”, denunciou um dono
de comércio.
Os policiais apreenderam seu som que estava
desligado no momento da batida irregular, e um dos policiais, aos gritos e
proferindo palavrões, pegou um freguês pelo braço e o jogou para fora do bar,
tendo ele caído sobre outro cliente que estava sentado em uma cadeira e ambos
se esborracharam na calçada.
“Não temos mais paz para trabalhar. Eles chegam
e colocam nossos fregueses para correr, nos causando prejuízos e se alguém
ousar reclamar, é preso na hora. Alguma coisa tem que ser feita, pois pelo que
sabemos não há nenhuma lei que proíba que os bares e forrós abram até tarde”,
reclamou um dono de bar.
“Vale lembrar que em grandes centros, onde no
passado criaram leis arbitrárias determinando horário de funcionamento de bares
e casas de shows, essas leis absurdas foram derrubadas porque eram
inconstitucionais. Aqui eles querem criar as próprias leis por meio da implantação
do terror”, disse outro dono de bar.
Ele acrescenta que enquanto a polícia dá batidas
em bares prejudicando os donos, o comércio ilegal de drogas rola solto nos
morros. “Mas lá eles não vão nunca, porque lá a coisa é bem diferente. Para eles
é mais fácil nos perseguir, pois sabem que conosco não correm o risco de serem
escorraçados a balas”.
Afirmam os comerciantes que vão recorrer ao
Ministério Público e ao Prefeito Municipal para pedir providências no sentido
de cessar a perseguição sem tréguas que a Polícia Militar francisquense vem
fazendo contra os comércios de periferia durante a noite. O Colatina News não obteve resposta do 11º
BPM.
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