“A Polícia Militar é um resquício da ditadura
militar e já deveria ter sido extinta no Brasil, com sua substituição por uma
polícia preparada, bem treinada, cidadã e com conhecimentos de direitos
humanos. A Polícia Militar, da forma que conhecemos, tornou-se numa ameaça para
a sociedade nos últimos anos”.
O comentário é de um advogado que pede para não
ser identificado por causa de represálias. Segundo ele, polícia militarizada é
coisa de país atrasado e há urgência na desmilitarização da polícia no Brasil. “A
maioria deles é corrupta e assassina. Não dá para confiar na Polícia Militar”,
acrescenta o advogado.
Segundo um empresário, “Eles são assassinos
frios e cruéis, e agem assim por causa da frouxidão das corregedorias que não
punem policiais bandidos, livrando suas caras. A certeza da impunidade causa essa
aberração que se tornou a polícia, que deveria proteger e não matar pessoas
como estão fazendo”.
Os comentários se referem ao assassinato a
sangue frio do adolescente Carlos Eduardo Rebouças Barros, 17 anos, praticado na
terça-feira, 28, em Pedro Canário, no Extremo Norte do Espírito Santo, por um
policial militar que teve o nome escondido da sociedade pelas autoridades. A
vítima estava algemada.
Cleia Louzada Rebouças, mãe do adolescente
assassinado pela Polícia Militar, disse que os mesmos policiais que o mataram
vinham o ameaçando de morte e o perseguindo. “Eles disseram para mim que iriam mata-lo”,
disse a mãe revoltada, acrescentando que o irmão gêmeo de Carlos também era
ameaçado.
Segundo a mãe da vítima, se seu irmão gêmeo não
tivesse saído de Pedro Canário e se mudado para a Grande Vitória, teria o mesmo
destino, pois os policiais viviam os perseguindo. Ela destaca que sabia da
atuação criminosa do filho morto, mas enfatiza que isso não autoriza policiais
a praticar pena de morte.
No vídeo que flagrou a atuação dos policiais
está claro que o adolescente já havia se rendido e estava algemado, quando foi
friamente executado pelo policial assassino. Mesmo assim, o comandante-geral da
PMES, coronel Douglas Caus, afirmou em entrevista não ter certeza de que a
vítima estava mesmo algemada.
“A fala do coronel já é um indício de que esse
será mais um assassinato praticado por policiais militares que não terão a
devida punição. Eles estão presos só para inglês ver. Não demora estão de volta
às ruas perseguindo e assassinando aqueles a quem deveriam proteger”, salienta
uma testemunha.
Crime idêntico foi praticado recentemente na
Zona Sul de São Paulo, onde policiais militares assassinaram a sangue frio um preso algemado e que estava deitado no chão, imobilizado. O assassinato foi registrado por câmeras de segurança, mas os policiais alegaram que a vítima tentou atirar contra eles.
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