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30/07/2023

Travesti é morto a facadas e corpo é achado amordaçado e com a boca cheia de algodão

Júlia Nicoly foi executada a facadas

Um travesti identificado como Júlia Nicoly Moreira da Silva, 34 anos, foi assassinado na terça-feira, 25, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. A vítima, que exercia a profissão de técnica de enfermagem, foi encontrada dentro de casa com marcas de facadas e amordaçada. O crime chocou os moradores.

 

Para a família, Júlia Nicoly, que trabalhava para a OS (Organização Social) Ideias, dava expediente no Hospital Getúlio Vargas Filho, em Niterói, e no Hospital da Mulher de São João do Meriti, foi vítima de crime de ódio. A OS emitiu nota de pesar e funcionários tacharam a vítima como muito competente.

 

Seu corpo foi removido ao IML (Instituto Médico Legal), onde foi periciado e depois liberado aos familiares para sepultamento, que ocorreu na tarde de quinta-feira, 27, no Cemitério da Solidão, em Belford Roxo. A casa da vítima no Parque São Vicente foi invadida na noite de terça-feira por volta das 21h.

 


Segundo vizinhos, tempo depois dois homens deixaram o imóvel levando o carro da vítima. Crianças que brincavam nas proximidades estranharam a movimentação e avisaram aos pais, que foram até o local ver o que havia ocorrido. Como Júlia não respondia aos chamados, eles arrombaram a porta.

 

Eles encontraram a vítima caída com várias marcas de facadas no pescoço, pulmão e costas. Os vizinhos constaram ainda que a vítima estava amordaçada e com algodão na boca. O carro da vítima foi encontrado na quarta-feira, 26, em outro bairro. O automóvel da vítima estava com várias manchas de sangue.

 

De acordo com a polícia, os criminosos deixaram os documentos, dinheiro e os cartões e levaram apenas o celular da vítima, que em julho de 2021 foi esfaqueada dentro de casa por um homem que ficara conhecendo num bar. Ele foi preso, condenado e um ano depois do crime Júlia recebeu uma ameaça.

 


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