Há uma máxima de que “onde o
esporte chega a cultura desaparece e o ser humano emburrece”. E ao que tudo
indica essa é uma grande verdade. Basta ver o que ocorreu em Barra de São
Francisco, no Noroeste do Espírito Santo, onde um time de futebol masculino
agrediu verbalmente uma equipe feminina.
A denúncia foi feita pelas
jogadoras, que sofreram várias agressões verbais do tipo “O que essas mulheres
estão fazendo aqui? Deveriam estar em casa lavando vasilhas”, “Campo de futebol
não é lugar para mulheres”, “Bando de sapatão, não vai fazer a gente engolir
esse futebol feminino”, dentre outras.
O fato ocorreu na
quarta-feira, 13, no Estádio Municipal Joaquim Alves de Souza, quando a equipe
feminina estava treinando e a equipe master de futebol masculino invadiu o
estádio proferindo intimidações contra as mulheres e praticando machismo e
homofobia. O acontecimento causou revolta geral.
De acordo com a ocorrência
policial registrada no local, o time de futebol feminino realizava um treino no
Estádio Municipal com autorização de uso por parte da Secretaria Municipal de
Esportes e Lazer até as 20h30m. Por volta das 19h30m a equipe masculina invadiu
o campo e passou a intimidar as jogadoras.
Incomodadas com o acontecimento,
as mulheres educadamente pediram aos jogadores que se retirassem do campo
porque estavam atrapalhando o treino, mas não foram atendidas e ainda foram
agredidas verbalmente com palavras de machismo e homofobia. A polícia então foi
acionada e esteve no local do fato.
O incidente, que constrangeu as
jogadoras, foi contido pelo subsecretáio de Esportes e Lazer, Marcelo Gregório
Alves, que estava auxiliando o treino do time feminino e exigiu que a equipe
masculina respeitasse o horário e as atletas. O caso segue sendo investigado
pela 14ª Delegacia Regional de Polícia local.
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