Hospital alcança autossuficiência na produção de oxigênio ao construir usina própria

Um dos blocos do Hospital Santo Antônio

O Hospital Santo Antônio, de Peçanha, no Leste de Minas Gerais, é um dos poucos hospitais do país que conta com fornecimento próprio de oxigênio. O sucesso da autossuficiência de oxigênio se deu com a implantação da usina de oxigênio, que ao ser produzido vai para os leitos sem necessidade de cilindros.

 

O projeto de elaboração da usina de oxigênio teve início em 2013 e foi encerrado em 2020, numa realização do ex-prefeito da cidade, o médico Eustáquio Braga, durante seus dois mandatos. Segundo ele, a autossuficiência de oxigênio do hospital peçanhense é muito importante e gera uma economia considerável.

 

Essa autossuficiência foi de extrema importância durante a pandemia de Coronavirus, para o tratamento dos pacientes com a Covid-19. Enquanto em algumas regiões do país hospitais sofriam com a falta de cilindros de oxigênio, em Peçanha este problema não existiu e os pacientes não correram riscos.

 

Referência na região, o Hospital Santo Antônio possui CTI (Centro de Tratamento Intensivo) com 10 leitos que foram essenciais durante a pandemia, excelente aparelhagem. Na região, além de Peçanha, só Governador tem um CTI. Apesar de não ser Hospital Regional, atende pacientes de toda a região.

 

Sem a usina de oxigênio o hospital estaria gastando mensalmente em torno de R$ 60 mil a R$ 80 mil, com o gasto medicinal que inclui oxigenação e ar comprimido. Com a sua implantação o gasto é de apenas R$ 4 mil a mais na conta de luz, segundo disse o ex-prefeito, que se orgulha do resultado positivo.

 

O investimento na criação da usina de oxigênio ficou em R$ 400 mil. “Foi um trabalho desenvolvido ao longo dos últimos anos, que por felicidade nossa chegou junto com o problema mundial, que foi a pandemia do Coronavírus, e que hoje dá condição de atender Peçanha e outras cidades”, disse o ex-prefeito.

 

O atual prefeito, o médico Fabrício Alvarenga (PSB), lembrou que o hospital de Peçanha é uma das poucas instituições do país que contam com essa tecnologia. “O oxigênio é um insumo importantíssimo para o tratamento do paciente e durante a pandemia foi essencial”, destacou Fabrício Alvarenga.

 

Por sua vez, Sebastião Rezende, que é o provedor do Hospital Santo Antônio, enfatizou que essa autonomia conseguida com a produção do próprio oxigênio, faz a diferença em momentos de crise, e que a usina produz um oxigênio de qualidade, com redução de custos, garantindo fornecimento de forma contínua.

 

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