O trabalhador
Matheus Ferreira de Oliveira, que na época tinha 25 anos, procurou a direção do
Colatina News para fazer uma grave
denúncia contra o Frigorífico Caparaó, de Guaçui, no Sul do Espírito Santo, que
até hoje não o indenizou pelo acidente de trabalho que sofrera, em que perdeu a
mão direita.
O acidente aconteceu na tarde do dia 15 de março de 2023, quando Matheus estava trabalhando com o maquinário
do referido frigorífico e sofreu um grave acidente. Quando os bombeiros
chegaram ao local, sua mão decepada foi colocada num saco plástico com gelo e
levada às pressas ao hospital da cidade.
Em seguida Matheus
foi socorrido a um Pronto Atendimento e depois encaminhado para a Santa Casa de
Misericórdia de Guaçui, onde foi submetido a uma cirurgia de emergência, mas
não foi possível a reimplantação da mão da vítima, segundo informações da
equipe que realizou a intervenção cirúrgica.
Na ocasião a direção
do Frigorífico Caparaó lamentou o acontecimento trágico e disse em nota que
estava dando total apoio ao trabalhador e a sua família. Contudo, segundo
afirmação de Matheus, não é bem isso que está acontecendo. Até os medicamentos
só são fornecidos por causa da pressão de sua advogada.
Ele disse, ainda, que a empresa está o acusando de
ter provocado o acidente por vontade própria. “Imagina que absurdo. Por que eu
causaria um acidente para perder minha mão e ainda perder a condição de
trabalhar para manter minha família? Até hoje não foi feita a perícia no local
do acidente”, disse ele.
“Ontem (segunda-feira, 18) era para ter tido audiência,
que acabou não sendo realizada pela falta do comparecimento do perito e das
demais partes envolvidas. Em vista disso, a audiência foi adiada”, disse
Matheus, afirmando que a sua luta não é por dinheiro, mas por justiça, já que
acabou sendo muito prejudicado.
“Dinheiro nenhum vai trazer minha mão de volta,
minha dignidade e nem vai poder me permitir voltar a trabalhar. O que eu quero
é justiça”, acrescentou, afirmando ainda, que a empresa não prestou nenhuma
assistência a sua família até hoje e se limita a comprar os medicamentos, assim
mesmo sob pressão.
Ainda segundo Matheus, ele precisa refazer a
cirurgia por causa de complicações e na cidade não existe ortopedista público,
só particular. “Preciso fazer fisioterapia e não consigo. Além de tudo, tenho
passado por preconceitos na rua por parte de pessoas que dizem que eu provoquei
o acidente”, finaliza.
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