Ao constatar que a morte do mecânico Gustavo
Barbosa Batista, 22 anos, foi provocada por um tiro na nuca, um médico legista
da Seção Regional de Medicina Legal de Colatina, no Noroeste do Espírito Santo,
desmente a afirmação de policiais militares, que registraram ocorrência dizendo
que o jovem tinha perdido a vida em um acidente de moto, na noite de
quarta-feira, 13.
A execução do jovem mecânico aconteceu no
Distrito de São José, em Mantenópolis, também no Noroeste capixaba e gerou
revolta na população em decorrência da violência e pela tentativa da Polícia
Militar de abafar o ato criminoso. Familiares de Gustavo afirmam que os
policiais atiraram contra ele.
Gustavo estava pilotando uma motocicleta,
quando foi atingido na nuca, pelas costas, durante uma abordagem. Ele, que era casado,
deixou a esposa e um filho ainda bebê, de apenas um ano e seis meses de idade.
Familiares disseram que a polícia perseguia Gustavo, porque ele fazia manobras
com sua motocicleta, e quando havia abordagem sempre conseguia fugir do local ileso.
Os familiares fazem uma grave acusação contra
os policiais militares, ao afirmarem que Gustavo estava jurado de morte por
eles. Segundo denúncia, os policiais prometeram dar-lhe um tiro na cabeça, para
matar, o que acabou acontecendo. Os amigos de Gustavo ouviram o tiro e foram ao
local, onde o encontraram morto. No local estavam os policiais, que cobriram
seu corpo.
Mesmo com a comprovação de que Gustavo foi
morto com um tiro na nuca, a corporação insiste em manter a versão dos policiais
envolvidos no trágico episódio, afirmando que naquela noite uma mulher abordou
os policiais e relatou um acidente próximo ao Distrito de São José, e para lá
se dirigiram, onde encontraram o mecânico já morto, ao lado da motocicleta e
acionaram a perícia.
Os policiais militares investigados são os
cabos Allyson Augusto de Miranda, na corporação desde março de 2014; e Bruno
Costa de Oliveira, na corporação desde 2013. O assassinato será investigado
pela Delegacia de Polícia Civil de Mantenópolis. O corpo de Gustavo, depois de
periciado, foi liberado aos familiares para a realização do seu sepultamento,
ocorrido na quinta-feira, 14.
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