O Brasil se despediu na quarta-feira, 11, de
Sansão, o pitbull que se tornou símbolo de luta contra os maus-tratos a
animais. Ele ganhou notoriedade nacional após sobreviver a um brutal ataque em que teve as patas traseiras decepadas com um facão. Sua história de superação
tocou milhões e foi a força motriz por trás da criação da Lei 14.064/2020,
conhecida como “Lei Sansão”, que endurece as penas para crimes de crueldade
contra cães e gatos.
A morte de Sansão foi anunciada pela família
que o acolheu e cuidou dele com carinho após o ataque. Em um emocionante
comunicado nas redes sociais, os tutores descreveram a dor da perda: “Hoje, com
o coração em luto, compartilhamos a triste notícia do falecimento do Sansão, um
cão que foi muito mais que um animal de estimação; ele se tornou um símbolo de
luta, resiliência e transformação”.
Segundo a família, Sansão saiu para um passeio
durante a tarde, mas passou mal e morreu subitamente. Eles também revelaram que
o animal enfrentava problemas de saúde nos últimos meses, mas nunca perdeu a
força e a alegria de viver. A notícia da morte de Sansão pegou de surpresa
muitos que conheciam sua história triste. Ele foi amordaçado com arame por Júlio
César Santos de Souza, que depois decepou suas patas traseiras com golpes de
facão.
A história de Sansão se tornou um marco na luta
contra a violência animal. O caso despertou indignação e levou o deputado Fred
Costa, do PRD de Minas Gerais, a propor a lei que aumentou a pena para quem
maltratar cães e gatos, sancionada em setembro de 2020. A norma, apelidada de “Lei
Sansão”, é um legado que continuará protegendo milhões de animais, que são
cruelmente maltratados todos os dias país afora.
Sansão, que ganhou uma cadeira de rodas para se
locomover com mais facilidade e viveu com amor e cuidados após a violência
sofrida, deixa uma mensagem de resiliência e esperança. “Fizemos tudo ao nosso
alcance para proporcionar qualidade de vida ao Sansão. Ele sempre demonstrou
sua força e vontade de viver, inspirando todos ao seu redor até o último
instante”, enfatizou a família.
A despedida de Sansão é um momento de luto para
quem acredita na dignidade e no respeito aos animais. Seu legado, no entanto,
permanece vivo na luta contra a crueldade e no coração de todos que se
inspiraram em sua história. Na ocasião em que o crime contra Sansão foi
praticado a empresa onde trabalhava o criminoso Júlio César o demitiu por justa
causa. Ele recorreu à justiça do trabalho para reverter a demissão, mas não
obteve êxito e a demissão foi mantida.
Este não foi o primeiro crime praticado por
Júlio César contra animais. Ele foi denunciado por agredir Zeus, o pai de
Sansão, em julho de 2018, que precisou ser sacrificado por causa dos ferimentos
graves. Além disso, ele é acusado de maus-tratos contra outros 12 animais,
sendo as agressões registradas contra 12 animais: três cães, três gatos e seis
galinhas, uma das quais morreu. A pena máxima para quem pratica maus-tratos
contra animais é de cinco anos de prisão.
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