Na madrugada desta quarta-feira, 11, Cachoeiro de
Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, foi palco de mais uma demonstração da
"criatividade" dos ladrões. Nem a Santa Casa de Misericórdia escapou
da audácia de um criminoso, que invadiu o hospital pela janela de um
laboratório, onde a segurança parecia ter sido desenhada por um arquiteto muito
otimista: sem grades, com uma janela travada por um pedaço de madeira.
Uma jovem de 20 anos, de nome não divulgado, que
estava no hospital acompanhando um familiar internado, viu sua noite de vigília
virar uma cena digna de novela mexicana. Dormindo em um dos quartos da
enfermaria, ela acordou com um barulho estranho e, ao abrir os olhos, deparou-se
com um indivíduo escapando pela sacada. No susto, percebeu que seu celular
tinha sumido.
E como se não bastasse o roubo, o ladrão resolveu
fazer um "tour de terror" pelo hospital. Ele entrou no quarto ao lado
e ameaçou duas senhoras velhinhas de morte, mas saiu sem levar nada, porque as
senhoras, experientes, tiveram uma resposta afiada: “Não usamos celular,
moço!”. O criminoso, sem tempo para debates filosóficos, se contentou com o
primeiro aparelho e se escafedeu do local.
Os familiares da vítima ficaram chocados com o acontecimento:
"É o fim dos tempos. Nem no hospital temos sossego. Onde vamos parar?
Assim não dá para continuar. Alguma coisa precisa ser feita com urgência",
desabafou um parente, indignado com a falta de respeito dos bandidos, que agora
parecem enxergar os hospitais, e também as igrejas, como "territórios
neutros para a bandidagem".
O hospital emitiu uma nota lamentando o ocorrido,
mas a "providência necessária" foi apenas registrar um boletim de
ocorrência. A Polícia Militar fez buscas na região, mas o ladrão já havia
desaparecido, provavelmente procurando seu próximo "trabalho".
Enquanto isso, a segurança do hospital segue confiando na madeira da janela
como seu principal guardião.
E assim, Cachoeiro de Itapemirim adiciona mais um
capítulo ao grande livro da comédia trágica brasileira, onde até um hospital se
transforma em cenário de ação. Se os pacientes já não dormem por preocupação,
agora terão que ficar acordados também para vigiar seus pertences. Quanto ao
hospital, precisa com urgência conversar com o seu arquiteto, para orientá-lo a
retornar aos bancos escolares.
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