Cerca de 17 anos depois, o estuprador Walter
José Borges, 82 anos, foi preso na Serra, na grande Vitória, Espírito Santo.
Ele foi preso no domingo, 19, quando estava no Cemitério Jardim da Paz acompanhando o enterro do filho, e conduzido à Delegacia Regional da Serra, onde
teve o mandado de prisão cumprido e depois levado à Penitenciária Estadual de
Vila Velha VI, para cumprir a pena.
Condenado a nove anos de reclusão em regime
fechado desde 2008 cpor estupro, o crime aconteceu em 2006. No decorrer do processo a prisão
foi mantida e os recursos da defesa recusados. Transitado em julgado, que não
tem mais recursos por parte do réu, Walter estava foragido desde 2018, e agora
foi para o xilindró.
Um trecho do despacho do juiz Luiz Guilherme
Risso em abril de 2018, quando foi expedido o mandado de prisão de Walter, diz:
“Processo findo e sentenciado, estando o feito aguardando a captura do réu”.
Desde então a polícia estava no encalço do criminoso, que só agora acabou sendo
encontrado e trancafiado.
A demora na prisão do criminoso, cujo crime foi
praticado no longínquo ano de 2006, reforça a sensação de impunidade e
fragiliza a confiança da sociedade no Judiciário. Quando a punição não é
célere, a população passa a questionar a eficiência do sistema e a temer que
casos semelhantes fiquem na impunidade.
A morosidade processual, além de desestimular a
crença na justiça, pode incentivar a criminalidade, pois transmite a mensagem
de que as consequências podem ser tardias ou até inexistentes. “Me recordo bem desse
fato. A família da vítima sofre até hoje, mas finalmente ele foi preso”, disse
um amigo da família.
A defesa de Walter José Borges, como sempre
ocorre, ao comentar a prisão usou o mesmo papo furado de que “os laudos
periciais da época indicavam que não houve ofensa à integridade corporal ou à
saúde da paciente”, e “que a suposta vítima não sofreu agressão e não havia
vestígio de conjunção carnal”.
Segundo informações da polícia, Walter Borges é
pai do médico capixaba Walter José Roberte Borges, 50 anos, que morreu no
sábado, 18, oito meses depois de ser internado em decorrência de um infarto que
sofreu em Pelotas/RS, enquanto ajudava as vítimas atingidas pelas enchentes em
2024, no Estado gaúcho.
O médico anestesista, que era natural de Linhares,
no Norte do Espírito Santo, residia com a família em Vila Velha, na Grande
Vitória. De acordo com informações, após sofrer o infarto, exames realizados
apontaram que o médico estava em estado vegetativo, e acabou falecendo no dia
18 de janeiro último.
Siga-nos no
Instagram: @colatinanews2019, no
Facebook: @sitecolatinanews, no
TikTok: @colatinanews e se inscreva no nosso
canal: @colatinanews4085!
Nenhum comentário:
Postar um comentário