Quem um dia viu o Estádio Municipal Gabriel
Augusto de Almeida, o famoso Gabrielão,
lotado de torcedores apaixonados, jamais imaginaria que o mesmo gramado que já
viu golaços e decisões eletrizantes se tornaria, anos depois, numa espécie de
versão capixaba do Parque Jurássico misturado com a floresta amazônica.
Localizado no Bairro Santa Terezinha, o outrora
templo do futebol municipal virou alvo de piada entre os moradores e cenário de
abandono digno de filme de ficção científica. O gramado foi substituído por um
matagal tão alto, que já tem gente levando facão para tentar entrar no “campo”.
As arquibancadas estão tão deterioradas que parecem ruínas de uma civilização
extinta. Já a estrutura... bom, digamos que nem Indiana Jones teria coragem de
explorar esse templo perdido.
Mas o que era tristeza virou comédia. Em grupos
de WhatsApp e rodas de conversa, moradores têm feito piadas hilárias sobre o
estado do estádio. Um deles jura de pés juntos que, ao visitar o Gabrielão em busca de nostalgia, acabou
sendo "observado por uma onça pintada" em meio ao mato. “Ela me olhou
como se eu fosse o lanche dela. A sorte é que eu corri mais do que nos tempos
em que jogava no juvenil do Gabrielense!”,
relatou, arrancando risadas.
Não satisfeito, outro morador foi ainda mais
longe. Segundo ele, ao levar a família para “turistar” no estádio em um domingo
qualquer, foram surpreendidos por um enorme Tiranossauro Rex saído sabe-se lá
de qual caverna no meio do matagal. “Foi um corre-corre bem desesperador. Só
escapamos porque minha sogra gritou mais alto que ele”, ressaltou, emocionado e
ainda traumatizado.
Enquanto isso, a realidade é dura. Grades
enferrujadas, lixo espalhado, mato pra todo lado e arquibancadas destruídas por
vândalos fazem do Gabrielão um
retrato fiel do abandono. Para completar o cenário de “fim de mundo”, moradores
relatam que o local, quando não está servindo de safári improvisado, acaba
virando ponto de encontros pouco republicanos e refúgio para atividades
ilícitas.
“Parece que o nosso estádio foi terrivelmente
castigado por insistentes bombardeios. Ou isso, ou foi palco de uma guerra violenta
travada por aqui que ninguém contou, ou que ninguém viu”, salientou outro
morador, sugerindo, aos risos, que o local deve ter sido atingido por algum
míssil perdido da guerra entre Israel e Irã. “É inadmissível que a
municipalidade deixe um patrimônio público nessa situação”, reclamou o morador.
Diante de tanta bizarrice, sobra indignação e
clamor por providências. Moradores exigem ações urgentes da Prefeitura
Municipal, dos vereadores e até do Ministério Público. “Já que virou floresta,
que pelo menos a gente cobre ingresso e comece a fazer safari ecológico pelo
estádio!”, ironizou um comerciante local.
Procurado, o prefeito Tiago Rocha, por meio de
sua assessoria, informou que “levantamentos estão sendo feitos para recuperar o
estádio e devolvê-lo à população”. A torcida agora é para que o Gabrielão saia da Idade da Pedra e
volte à Era do Futebol. Porque, convenhamos, tiranossauro nenhum consegue bater
um bom e velho clássico de várzea.
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