O
prefeito Sérgio Menguelli, de Colatina/ES, usou novamente redes
sociais para explicar o polêmico amento de 400% aos procuradores
municipais, informação que ele classificou de fake news, e não
perdeu a oportunidade de jogar a culpa de tudo que foi divulgado para
cima do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais.
Segundo
ele, não houve aumento e sim equiparação salarial em cumprimento a
uma emenda à Constituição do Estado, que garante aos procuradores
municipais do Executivo e do Legislativo o mesmo salário-base, “que
passa a ser de R$ 7.800 por 30 horas semanais, e não mais R$ 4.800
por 20 horas semanais como era.
Sérgio
Menguelli afirmou que no caso dos procuradores mais antigos, alguns
com cerca de 30 anos de serviço, o salário deles está acima do
teto do salário do prefeito em virtude de direitos adquiridos ao
longo da carreira. Ao explicar o aumento estratosférico conferido
aos procuradores, o prefeito disse que não houve nada disso.
Ele
explicou que o servidor público colatinense ao fazer aniversário
recebe antecipado a metade do 13º salário e mais um abono de
aniversário. “Foi com base nesse procedimento, que o pessoal do
sindicato fez a denúncia de que houve o aumento estrondoso”,
enfatizou o prefeito, mais uma vez culpando o sindicato.
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Prosseguindo,
o prefeito disse que o sindicato é mentiroso e está querendo
denegrir a imagem da administração. Como se não bastasse,
Meneguelli acusou o atual presidente de querer se perpetuar no poder.
“Ele está no sindicato há 30 anos, ora como presidente,
vice-presidente ou como advogado”, vociferou o prefeito
colatinense.
Concluindo,
Sérgio Menguelli disse que foi o único prefeito capixaba a
reajustar o salário dos servidores em 5% nos primeiros quatro meses
de administração, e dar 40% de adicional de insalubridade aos
garis. “Sou um prefeito de diálogo, mas o sindicato, ao que
parece, age de má-fé para desestabilizar a administração”,
finaliza.
Reação
de servidores
A
servidora Débora questionou o fato de outras categorias não terem a
mesma atenção. “Os auxiliares de serviços gerais passaram de 30
para 40 horas semanais e continuam recebendo o mesmo salário”,
disse ela, enfatizando que nesse caso o prefeito não fez a
equiparação salarial e nem se importou com direitos adquiridos.
Segundo entrevistados, Colatina virou cidade problema |
Outra
categoria que discordou do pronunciamento do prefeito foi a de
professores, que cobraram o cumprimento da Lei do Piso Nacional do
Professor. “Já que ele respeita tanto as leis como disse, poderia
respeitar a que criou nosso piso nacional, que nunca foi aplicada em
nosso Município”, reclamou uma pedagoga indignada.
A
professora acrescentou que Sérgio Meneguelli só respeita a lei se
ela beneficiar a burguesia, como é o aso dos procuradores
municipais. “A Lei 12.244, que é de 2010, nunca foi respeitada
pelo prefeito, e nossas escolas seguem sem a universalização das
bibliotecas determinada pela referida lei”, enfatiza a educadora.
O
pagamento de adicional de insalubridade também foi questionado por
vários trabalhadores. Eles disseram não recebem tal direito, e que
os servidores que nomeados no último concurso até hoje não
receberam um centavo de insalubridade e acusam o prefeito de mentir
mais uma vez para ficar bem na opinião pública.
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Para
muitos Colatina virou uma cidade problema, onde a juventude não
consegue emprego, água potável não existe, falta atendimento digno
aos idosos e a atual administração não faz nenhuma diferença para
a cidade, que continua sem grandes obras e com paliativos que o
prefeito usa para se autopromover.
Durante
a sessão legislativa do último dia 20 de maio, a vereadora Andreya
Mota usou a tribuna da Câmara Municipal para denunciar a contratação
excessiva de cargos de administração na prefeitura, fato, que
segundo ela, cheira a favorecimento. O Colatina News tentou em
vão contato com diretores do sindicato.
Um comentário:
Mentiroso é você prefeito. O salário do servidor tá defasado e você beneficiando a elite. Esse peçoal não tem vot não
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