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Bombeiros fazem o atendimento que deveria ser feito pelo Município |
Com pouco mais de 122 mil habitantes,
Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, não tem sequer uma ambulância para atendimento
de urgências e emergências, cabendo ao Corpo de Bombeiros a missão de socorrer
aqueles que necessitam de transporte médico em decorrência de complicações na
saúde ou acidentes.
Além de Colatina, a 3ª Companhia do Corpo de
Bombeiros atende a mais 10 municípios da Região Noroeste, o que prejudica a
população que precisa de socorro, haja vista que quando há vários chamados,
muitas vítimas deixam de ser atendidas. São várias as histórias de pessoas que
não tiveram atendimento.
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Se tiver mais de um atendimento uma das vítimas se dá mal |
O Ministério Público ajuizou uma ACP (Ação
Civil Pública) em abril passado, pedindo a criação de uma Central de
Ambulâncias, com plantão e telefone disponível para as pessoas durante 24
horas, já que Colatina, ao contrário de outros municípios, não oferece serviço
de ambulâncias à população.
Nem mesmo com o Samu (Serviço de Atendimento
Médico de Urgência) o Município colatinense conta, uma vez que, segundo um
morador, o prefeito Sérgio Meneguelli nunca se interessou em conseguir para a
cidade tal benefício. “O nosso prefeito está mais preocupado é em plantar
florzinha”, disse o morador.
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Os bombeiros atendem mais 10 municípios além de Colatina |
Com tanta carência na área de saúde e de
educação, cujas escolas são reformadas graças ao empenho de diretores e
professores, Sérgio Meneguelli faz licitação para a construção de fontes
luminosas na Avenida Moacir Dalla, popular Beira-Rio, ao custo exorbitante de
R$ 2 milhões e 172 mil.
Conforme destaca um morador, a avenida onde
se pretende construir as fontes luminosas já foi inundada várias vezes com as
cheias do Rio Doce. “A construção de fontes luminosas naquela localidade é uma
obra desnecessária e inútil, e correrá o risco de ser danificada com inundação
do Rio Doce”, diz o morador.
Ele acrescenta que existem várias fontes
luminosas desativadas pela cidade, todas destruídas por enchentes. “Não vejo
porque construir fontes luminosas na cidade. Isso não acrescenta nada para
Colatina e ainda servirá de criatório de Dengue. Esse dinheiro daria para
comprar várias ambulâncias”, completou.
Vale lembrar que tanto o Ministério Público
quanto o Tribunal de Contas do Espírito Santo opinaram pela não realização de
licitação para a construção de fontes luminosas, e que os recursos destinados à
obra inútil e milionária fossem utilizados em setores mais importantes para a
população, inclusive na saúde.
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