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OAB/ES vai recorrer ao CNJ |
A OAB/ES decidiu acionar o CNJ (Conselho
Nacional de Justiça) contra a decisão do TJES (Tribunal de Justiça do Espírito
Santo) de integrar as comarcas como forma de cortar gastos. Realizada por videoconferência,
a sessão do TJES não chegou a ser transmitida ao público, segundo a OAB.
A Diretoria da OAB/ES lamentou o órgão não ser
convidado a participar da sessão e em nota disse que “um tema tão importante não
pode ser decidido em sessão secreta, sem a participação efetiva da Ordem”. A
OAB/ES avalia como retrocesso no serviço do Judiciário, principalmente para
cidadãos do interior.
Para a OAB/ES, afastar o cidadão é um grave
retrocesso na prestação de serviço do Judiciário no Estado e destaca que a
integração da forma que foi feita, prejudicará enormemente a advocacia do
interior e a população mais carente, que terá de enfrentar uma distância maior
para se deslocar aos fóruns.
A integração das comarcas representará economia
de R$ 12 milhões anuais, segundo o TJES. O presidente do Tribunal, Ronaldo
Gonçalves de Souza, afirmou que caso seja interesse do Executivo Municipal, as
comarcas integradas poderão ser atendidas por um posto avançado do Poder
Judiciário.
Deputado reage à integração das
comarcas
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Enivaldo dos Anjos disse que lutará conra a decisão do TJES |
O deputado Enivaldo dos Anjos (PSD) questionou
a decisão do TJES e disse que “não aceitará esse absurdo, pois a economia pífia
que o órgão terá não justifica o prejuízo causado à população, principalmente a
mais carente, que não terá condições de se deslocar até outros municípios em
busca de justiça”.
“A Comarca é criada por lei e somente lei
aprovada na Assembleia Legislativa poderá revoga-la. Eu não aceito essa mudança
e vou recorrer, porque vai prejudicar a prestação de serviços à população”,
enfatiza Enivaldo dos Anjos, destacando que o problema financeiro do TJ não
está nas comarcas.
A Amunes (Associação dos Municípios do Espírito
Santo) também se posicionou contra a decisão do TJES. Em nota chamou a medida de
retrocesso por causar grande prejuízo aos cidadãos, e por deixar de prestar um
serviço à população, o que poderá refletir nas áreas sociais e na segurança
pública.
Para um advogado ouvido pelo Colatina News, os desembargadores
agiram como os políticos que na calada da noite aprovam assuntos de interesse
próprio, sem se importar com o reflexo negativo que tais assuntos provocam na
população. “É uma vergonha essa decisão, pra não dizer arbitrária”, disse ele.
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