A descoberta de cerca de 20 quilos de carne
estragada da merenda escolar supostamente malocada, está movimentando o
Município de Marilândia, no Norte do Espírito Santo. A denúncia foi feita pelo
cidadão Fabriano Peixoto de Oliveira, que vinha denunciando a existência de
merenda escolar malocada.
Fabriano denunciou pelas redes sociais, que
Marilândia escondia merenda escolar e não fez os kits para doação aos alunos,
conforme deliberação do governo Federal, cumprida por todos os municípios. Ele
denunciou, ainda, compra de merenda em plena pandemia, e sem funcionamento das
escolas.
Em virtude da denúncia, foi realizada uma
sessão na Câmara Municipal, ocasião que o presidente do Legislativo, Paulo
Costa, o Paulinho; a secretária
Municipal de Educação Sandra Maria Firmes Altoé e o pastor Noé, desmentiram a
denúncia e disseram que não havia merenda escolar estocada.
O pastor Noé chegou a ser taxativo ao afirmar
que esteve no local onde a merenda é armazenada, conferiu tudo e só havia alguns
pacotes de fubá. Ainda na sessão, a denúncia de Fabriano foi chamada de fake News.
Tudo teria sido resolvido, mas por descuido dos envolvidos, houve uma
reviravolta.
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A merenda deveria ter sido distribuída entre os alunos |
O mau cheiro de uma escola da
Comunidade do Távora chamou a atenção dos moradores, que ao abrirem o
educandário, depararam-se com cerca de 20 quilos de carne podre da merenda
escolar por causa do desligamento acidental do frízer, que deveria ter sido distribuída entre os alunos em forma de Kit. .
Os moradores relataram que no depósito de
merenda da escola havia muito mais produtos, mas não tiveram oportunidade de
conferir tudo, porque foram impedidos de abrir os demais cômodos onde a merenda
está armazenada. A descoberta da merenda estocada joga por terra a afirmação da
secretária.
Fabriano enfatiza que foi informado na reunião
da Câmara, que quem conferiu se havia ou não merenda, foi o vereador Cimá Fubá, que é irmão do rapaz que faz
o controle da merenda. Destaca Fabriano, que o vereador não poderia ter feito a
conferência junto ao irmão, por não ser uma situação confiável.
Com a descoberta da merenda estragada,
Fabriano cobrou de Paulinho uma
posição e afirmou que o fato não seria resolvido como sempre se resolve no
Município, com ameaças, cala bocas etc. “Merenda é verba federal e já
denunciamos o fato à Polícia Federal. Os responsáveis terão que ser punidos”.
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Cerca de 20 quilos de carne apodreceram na escola |
Na ligação para Paulinho, Fabriano lembrou que o assunto principal não é quem
desligou o disjuntor e estragou a merenda. “O assunto principal é a mentira, a
quebra de decoro de uma secretária de Educação, um vereador e um pastor, que
agiu de má fé ao avalizar a mentira dos dois”, disse Fabriano.
Ao finalizar, Fabriano Peixoto enfatizou que
Marilândia virou uma cidade sem lei, onde o nepotismo rola solto, citando como
exemplo o irmão do vereador Cimá Fubá,
e a mulher do vice-presidente da Câmara, Douglas Baldiani, que segundo ele,
trabalha ao lado da secretária Municipal de Educação.
Antes do desaparecimento da merenda escolar,
foi registrado o sumiço de 2.400 ovos de Páscoa adquiridos pela prefeitura sem licitação ao valor de R$ 7,00 cada ovo de 100 gramas. Esses ovos seriam distribuídos
entre as crianças do Município, mas segundo moradores, os ovos viraram fumaça.
“Marilândia está se transformando numa cidade
misteriosa, onde some tudo, menos esse prefeito horrível e esse vereadores
inúteis, que ao invés de fiscalizar, preferem colocar panos quentes sobre as
irregularidades praticadas pela administração. Mas está perto de ficarmos
livres deles, disse Afonso Reis.
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