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27/05/2020

Marilândia adquire Cloroquina mas não trata de pacientes com Coronavírus

Secretáriio Beto Partelli

Enquanto o mundo descarta o uso da Cloroquina por não apresentar nenhuma eficácia no tratamento contra o Coronavírus, o secretário Municipal de Saúde Beto Partelli, de Marilândia, no Norte do Espírito Santo, anuncia nas redes sociais que autorizou a compra do medicamento para utilização no Município.

Em sua postagem Beto Partelli anuncia, como se fosse a maior obra do mundo, que por meio da Portaria da Secretaria de Saúde de Marilândia, que regulamenta o uso da Cloroquina, autorizou a compra do medicamento e criou um protocolo municipal, usando como base a nova Portaria do Ministério da Saúde.

A iniciativa do secretário Municipal de Saúde causou espanto principalmente no pessoal da saúde, segundo os quais, esse medicamento só pode ser prescrito a quem esteja internado em tratamento. “Marilândia não interna ninguém. Assim sendo, a compra do medicamento será um gasto desnecessário na Saúde”.

Os críticos da iniciativa do secretário dizem que o medicamento é caro e que essa aventura irresponsável gera prejuízos para os cofres públicos. “Ele está rasgando dinheiro público com essas presepadas”, disse um servidor da saúde, lembrando que Marilândia não trata de pacientes com Coronavírus.

Post do secretário nas redes sociais
Recentemente o diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom, suspendeu os testes com Clororquina e Hidroxocloroquina depois de um estudo publicado na revista científica The Lancet, apontar que não houve eficácia dos medicamentos, que inclusive causa arritmia cardíaca nos pacientes.

Vários países do mundo já deixaram de lado o medicamento por sua ineficácia para o tratamento da doença. Inclusive, o governo francês publicou no Diário Oficial do país a revogação do decreto que autorizava o uso da Cloroquina como tratamento de pacientes com Coronavírus, após estudo concluir sua ineficácia.

De acordo com explicação do médico Luís Fernando Correia, os médicos devem ter certeza de que qualquer medicamento prescrito aos pacientes tenha 98% de eficiência. E isso, segundo ele, é algo difícil de se conseguir sem uma pesquisa de longo prazo, que comprove o uso, e não arrisque a vida dos pacientes.

Especialistas e analistas destacam que a Cloroquina não é recomendada por nenhuma organização séria, por causa do seu alto risco de provocar sérios problemas cardíacos em quem faz uso do medicamento. Mesmo assim, o secretário Beto Partelli autoriza a aquisição do medicamento por sua secretaria.



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