Deputados que invadiram um hospital na Serra/ES |
A invasão do Hospital Dório Silva, na Serra,
na Grande Vitória, por seis deputados estaduais, gerou perplexidade na
população capixaba e Nota de Repúdio por parte da Secretária de Estado da Saúde,
que julgou inadmissível esse tipo de atitude num momento de dificuldades para
todos os brasileiros.
“É inadmissível esse tipo de atitude no
momento em que o Espírito Santo, o país e o mundo enfrentam a mais grave crise
de saúde em nossa geração. Mais grave é o fato de que essa atitude foi
insuflada por uma declaração irresponsável do chefe da Nação”, diz a nota da Secretaria de Saúde.
Os deputados estaduais que invadiram o Hospital
Dório Silva na sexta-feira, 12, colocando em risco a vida dos funcionários e de
pacientes, foram Lourenço Pazolini (Republicanos), Vandinho Leite (PSDB),
Torino Marques (PSL), Danilo Bahiense (PSL), Carlos Von (Avante) e capitão
Assunção (Patriotas).
“Eles quebraram a cara ao encontrar
praticamente todos os leitos ocupados por pacientes infectados com Coronavírus.
Esse pessoal acha que estamos brincando com coisa séria. Ao invés de ouvir as
ideias de um louco, esses deputados deveriam estar trabalhando em prol do povo”,
disse um funcionário.
Pessoas ouvidas pelo Colatina News desceram a borduna, principalmente no deputado
capitão Assunção, que segundo os entrevistados, fica o tempo todo tentando
inviabilizar o governo do Estado, mas que até o momento nada fez, como
deputado, para melhorar a situação da saúde pública no Estado.
“Por que esses deputados não visitam hospitais
para ver a situação precária de pessoas em filas aguardando atendimentos ou
tentando conseguir em vão medicamentos? É muito cômodo invadir um hospital para
tentar inviabilizar o trabalho de médicos e enfermeiros”, disse a tecnóloga
Maria Carla Benevides.
Mais radical, o bacharel em direito José
Carlos Clemente Júnior enfatizou que os deputados deveriam terem sido presos,
pois o que fizeram é um crime. “E olha que no bando que invadiu o hospital um é
delegado e outro capitão da Polícia Militar, e ambos agiram como bandidos,
invadindo órgão público estadual”.
Para José Carlos, a atitude dos deputados configura
quebra de decoro parlamentar e deveriam sofrer processo de cassação de seus
mandatos. “Eles não tinham mandado judicial e nem permissão da diretoria para entrar
em suas instalações. Agiram como bandidos e assim devem ser tradados”, enfatiza
ele.
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