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12/06/2020

Contaminados prefeito e primeira-dama vão ao Baile da Morte com 200 pessoas

Com Coronavírus prefeito Géder Camata circula pelas ruas

Uma festa realizada sábado, 06, em Marilândia, no Norte do Espírito Santo, para mais de 200 pessoas, incluindo cidadãos de destaque na sociedade local, está sendo chamada pelos moradores locais, de Baile da Morte, porque segundo consta, vários dos presentes estão contaminados pelo Coronavírus.

De acordo com as informações, a festa aconteceu na residência de um conhecido empresário da cidade, pai do médico Mateus Lorenzoni, recém-contratado pelo secretário Municipal de Saúde, Beto Partelli, e que, segundo relatos de pessoas ao Colatina News, é parente da esposa do referido secretário.

A festa contou com as presenças do prefeito Géder Camata e da primeira-dama, ambos com Coronavírus. Outras pessoas positivadas também participaram da festa, inclusive o médico, que segundo informações de servidores da área de saúde, trabalhou dois dias e depois foi afastado para se tratar da doença.

Segundo uma servidora que pede para não ser identificada, todo alto escalão da administração de Marilândia está contaminado, desde o prefeito, ao médico que atende os pacientes, primeira-dama e o secretário de Saúde. “Eles circulam por aí colocando em risco a vida das pessoas”, disse a servidora.

“Esse festival de irresponsabilidade praticado pelo prefeito e seus subordinados é um escândalo. Uma afronta à população, pois estão se valendo do poder para agir impunemente, colocando toda população em risco”, disse um servidor, lembrando que a polícia sequer esteve no local para impedir a festa.


“A polícia daqui, tanto a Militar quanto a Civil, está de mãos atadas, pois funcionam em prédios pagos pela Prefeitura Municipal. Todos sabiam da festa, mas ninguém tomou providências. A mesma coisa não aconteceu com um senhor da cidade, que foi pressionado pela polícia porque estava com o vírus”.

A afirmação é de Valmir Alves Couvre. Ele acrescenta que uma pessoa sob suspeita de ter contraído o vírus recebeu a visita da polícia, que fez o maior escarcéu em sua porta e ainda fechou o trailer de sua mãe, sob argumento de que eles poderiam contaminar as pessoas, mas nada fez em relação à festa.

Uma funcionária de um supermercado da cidade, que também participou da festa, relata que no local estavam, dentre outros, Márcio e Kátia Lorenzoni, pais do médico que promoveu a festa, além de Renzo Falqueto que, segundo consta, está internado em estado grave no Hospital Sílvio Avidos, de Colatina.

O prefeito Géder Camata é acusado de ter feito vídeo e circulado pela cidade sabendo que já estava contaminado pelo Coronavírus, o que configura crime previsto no Código Penal Brasileiro. “Essa atitude criminosa do prefeito precisa ser punida. Essa impunidade é uma vergonha pra Marilândia”, desabafa Valmir.

“Vamos aguardar um posicionamento do Ministério Público em relação ao Baile Macabro, do qual certamente inúmeras pessoas saíram contaminadas. Marilândia não pode continuar convivendo com essa pouca vergonha. O prefeito e o secretário de Saúde se julgam acima da lei”, finaliza Valmir.


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