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Com Coronavírus prefeito Géder Camata circula pelas ruas |
Uma festa realizada sábado, 06, em
Marilândia, no Norte do Espírito Santo, para mais de 200 pessoas, incluindo
cidadãos de destaque na sociedade local, está sendo chamada pelos moradores
locais, de Baile da Morte, porque
segundo consta, vários dos presentes estão contaminados pelo Coronavírus.
De acordo com as informações, a festa
aconteceu na residência de um conhecido empresário da cidade, pai do médico Mateus Lorenzoni, recém-contratado pelo secretário Municipal de Saúde, Beto Partelli, e que,
segundo relatos de pessoas ao Colatina
News, é parente da esposa do referido secretário.
A festa contou com as presenças do prefeito
Géder Camata e da primeira-dama, ambos com Coronavírus. Outras pessoas
positivadas também participaram da festa, inclusive o médico, que segundo
informações de servidores da área de saúde, trabalhou dois dias e depois foi
afastado para se tratar da doença.
Segundo uma servidora que pede para não ser
identificada, todo alto escalão da administração de Marilândia está
contaminado, desde o prefeito, ao médico que atende os pacientes, primeira-dama
e o secretário de Saúde. “Eles circulam por aí colocando em risco a vida das
pessoas”, disse a servidora.
“Esse festival de irresponsabilidade
praticado pelo prefeito e seus subordinados é um escândalo. Uma afronta à
população, pois estão se valendo do poder para agir impunemente, colocando toda
população em risco”, disse um servidor, lembrando que a polícia sequer esteve
no local para impedir a festa.
“A polícia daqui, tanto a Militar quanto a
Civil, está de mãos atadas, pois funcionam em prédios pagos pela Prefeitura
Municipal. Todos sabiam da festa, mas ninguém tomou providências. A mesma coisa
não aconteceu com um senhor da cidade, que foi pressionado pela polícia porque
estava com o vírus”.
A afirmação é de Valmir Alves Couvre. Ele
acrescenta que uma pessoa sob suspeita de ter contraído o vírus recebeu a
visita da polícia, que fez o maior escarcéu em sua porta e ainda fechou o
trailer de sua mãe, sob argumento de que eles poderiam contaminar as pessoas,
mas nada fez em relação à festa.
Uma funcionária de um supermercado da cidade,
que também participou da festa, relata que no local estavam, dentre outros,
Márcio e Kátia Lorenzoni, pais do médico que promoveu a festa, além de Renzo
Falqueto que, segundo consta, está internado em estado grave no Hospital Sílvio
Avidos, de Colatina.
O prefeito Géder Camata é acusado de ter
feito vídeo e circulado pela cidade sabendo que já estava contaminado pelo
Coronavírus, o que configura crime previsto no Código Penal Brasileiro. “Essa
atitude criminosa do prefeito precisa ser punida. Essa impunidade é uma
vergonha pra Marilândia”, desabafa Valmir.
“Vamos aguardar um posicionamento do
Ministério Público em relação ao Baile
Macabro, do qual certamente inúmeras pessoas saíram contaminadas.
Marilândia não pode continuar convivendo com essa pouca vergonha. O prefeito e
o secretário de Saúde se julgam acima da lei”, finaliza Valmir.
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