Gabrielle chegou a ser socorrida, mas não resistiu |
Uma ação desastrosa da Guarda Civil Municipal
de Rio Claro/SP culminou com a morte da jovem Gabrielle Mendes da Silva, 19
anos e ferimento grave em José Felipe de Lima Werneck, 29 anos. Os guardas se
dirigiram ao local após receberem denúncia de que lá estava acontecendo um animado
baile funk.
O fato aconteceu na madrugada de domingo, 02, e
o autor do disparo, cujo nome não foi divulgado por causa da interpretação
ridícula dada à Lei de Abuso de Autoridade por parte da polícia, alegou que foi
acidente e foi preso e autuado em flagrante por prática de homicídio culposo,
ou seja, sem intenção de matar.
As informações dão conta de que a Guarda
Municipal recebeu denúncia de moradores sobre a realização de uma festa funk
com aglomeração no Jardim Panorama, em plena pandemia do Coronavírus. Como festas
de bailes estão proibidos na cidade, que está na fase laranja, os guardas foram
para o local.
Quando as viaturas chegaram ao local, os
guardas constataram grande aglomeração e tentaram dispersar os jovens. Houve
reação por parte dos presentes, e de acordo com a polícia, o guarda achou que a
arma estava descarregada e tentou colocar balas de borracha, quando houve o
disparo.
Os jovens atingidos pelos disparos foram
socorridos ao hospital mais próximo, mas Gabrielle, em decorrência da gravidade
do ferimento, não resistiu e morreu. O rapaz, que levou um tiro na perna, ficou
internado em observação. O guarda criminoso foi levado para a delegacia e liberado
após pagar fiança de R$ 5 mil.
A arma calibre 12 do guarda foi apreendida para
perícia e ele foi afastado de suas funções operacionais até que a Polícia Civil
conclua o inquérito e a justiça se manifeste sobre o caso. Foi também
instaurado um inquérito administrativo para apurar a conduta técnica do guarda
durante a operação desastrada.
Uma testemunha que pediu para não ser identificada
disse que os guardas chegaram agindo com arbitrariedade e abuso de poder,
agredindo todo mundo em total desrespeito às pessoas presentes. “Os disparos
foram feitos intencionalmente e esse bandido precisa ser penalizado”, disse a
testemunha.
Acrescenta o cidadão, que a desculpa do guarda
de que estava tentando municiar a arma e não sabia que ela estava carregada é
muito furada. “Como é que uma pessoa está com uma arma e não sabe se ela está
ou não carregada? Será que a justiça vai acreditar numa palhaçada dessas?”
Finaliza revoltado.
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