Bispo João Batista |
O bispo evangélico João Batista dos Santos foi
condenado a 20 anos e seis meses de prisão pela justiça criminal do Recanto das
Emas/DF, pela prática de estupro de uma adolescente de 13 anos. A pena do
religioso levou em consideração a autoridade que ele exercia sobre a vítima,
segundo o MPDFT.
O bispo estuprador está preso preventivamente
desde fevereiro de 2020. Ele já foi condenado duas vezes pelo crime de violação
sexual mediante fraude, recorreu em ambos os casos e por isso respondia aos
processos em liberdade. No caso do estupro de vulnerável, o bispo conheceu a
vítima em 2017.
Na ocasião a menor conversou com o bispo sobre
sua orientação sexual e ao dizer que era lésbica, ele propôs passar um óleo
para ungir o seu corpo, argumentando ser uma forma de cura gay. Após os abusos,
a menor passou a ter crises de ansiedade e relatou os fatos ocorridos para o
Ministério Público.
Para a promotoria, é evidente que o modus
operandis utilizado pelo bispo não é inédito, configurando um padrão de ataque.
Frisou a sentença condenatória, que o bispo, depois de ganhar a confiança das
vitimas, utilizava óleo para tocar o corpo das mulheres, inclusive nas partes
íntimas, sob pretexto de cura.
A conduta de João Batista, segundo a
sentença, trouxe à menor, problemas de saúde consistentes em crises de
ansiedade e pânico, gerando ocorrências de desmaios e necessidade de
atendimento psicológico, “atos que extrapolam o próprio dissabor decorrente dos
atos libidinosos a que ela foi submetida”.
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