A
coligação entre PSB e PP de Mucurici, no Extremo Norte do Espírito Santo,
poderá ficar sem candidatos porque não cumpriu os prazos da Justiça Eleitoral. Em
consequência disso, todas as candidaturas, de prefeito a vereadores, poderão
ser negadas. O candidato à prefeito pela coligação é Adonísio de Jesus, o
popular Bolota.
O
pedido de impugnação dos candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereadores será
apreciado pelo juiz eleitoral e, caso prevaleça a legislação eleitoral, será
uma impugnação coletiva jamais vista em Mucurici ou na região. Políticos locais
não entendem como perderam prazo, já que o vice de Bolota, o Gabriel, é advogado.
A
escorregada da coligação virou motivo de chacotas na cidade. Há quem diga que
foi a maior mancada da história política do Espírito Santo. Quem deve estar
sorrindo à-toa são os adversários. “É esse tipo de gente que quer administrar
uma cidade. Não administraram nem o tempo para o registro das candidaturas”,
disse um político local.
Pedido
de impugnação também em Sooretama
Outro
que corre o risco de ter a candidatura a prefeito impugnada é Aguinaldo Machado
Ferreira, de Sooretama no Norte do Espírito Santo. Aguinaldo é candidato ao
cargo de prefeito da cidade pelo partido Rede Sustentabilidade, mas o
Ministério Público Eleitoral entrou com uma Ação de Impugnação na Justiça
Eleitoral.
Segundo
o MPE, Aguinaldo se enquadra na condição de ficha suja por ter condenação proferida
por órgão judicial colegiado e está inelegível por crime contra a administração
pública. Destaca o promotor, que apesar de a condenação não ter transitado em
julgado, foi proferida por órgão judicial colegiado em agosto de 2017.
O
promotor relata que a inelegibilidade decorrente de condenação criminal
prevista na alínea E sofreu sensível modificação a partir da Lei Complementar
135/2010. Assim, reconhece-se a inelegibilidade quando houver condenação
criminal transitada em julgado, ou proferida por órgão colegiado relativamente contra
administração pública;
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