Gerou revolta a atitude do presidente da Câmara
Municipal de Mantenópolis, no Noroeste do Espírito Santo, Moacyr Lopes (MDB), de
atacar publicamente o padre Romário Hastenreiter, por ele ter criticado durante
um sermão as ações e omissões do presidente Bolsonaro na condução da pandemia
da Covid-19.
Exaltado e agindo como se fosse o manda-chuva
da cidade, o vereador disse que o padre não poderia ter dito tantas “bobagens”
e enfatizou que o sacerdote desrespeitou toda a comunidade católica da cidade.
Além de atacar o padre, o vereador chamou o ex-presidente Lula de ladrão, sem apresentar
provas.
Vale destacar que em virtude de sua posição crítica
em relação aos atos do presidente frente à grave crise pela qual passa o país,
o padre Romário tem sofrido ameaças por parte de bolsonaristas. Inclusive, um
carro preto foi flagrado rodeando a casa paroquial com pessoas xingando e
ameaçando o padre.
Os ataques do vereador Moacyr foram repudiados
pelo padre, que afirmou não se intimidar com “os esperneios bolsonaristas”.
Disse, ainda, que a revolta do vereador é por não ter como explicar a gestão
desastrosa na pandemia por parte do presidente, que culminou com quase 600 mil
mortos, vítimas da Covid-19.
Pessoas ouvidas pelo Colatina News foram unânimes em dizer que o vereador Moacyr não tem
procuração para falar em nome da comunidade católica, e enfatizaram que o padre
simplesmente criticou a situação caótica em que o país está vivendo na
administração de Bolsonaro e que não tem como ser negada.
Em 2017 o padre Romário foi ameaçado de
processo pelo então senador Magno Malta, por criticar durante homilia os três
senadores capixabas por terem votado a favor da Reforma Trabalhista no Senado
Federal. Na época o apoio ao padre pelas redes sociais foi tão grande, que o
senador amarelou e não o processou.
Siga-nos no
Instagram: @colatinanews, e no Facebook: @sitecolatinanews!
Nenhum comentário:
Postar um comentário