A
população de Umbaúba/SE realizou uma manifestação na BR-101 em protesto contra
a PRF (Polícia Rodoviária Federal), que na quarta-feira, 25, torturou até a
morte o cidadão Genivaldo de Jesus Santos, 38 anos, durante uma abordagem
violenta por parte dos policiais, que chegaram a amarrar pés e mãos da vítima.
Genivaldo
não resistiu ao ser preso com pés e mãos amarrados pelos policiais torturadores
dentro de uma espécie de “câmara de gás” montada no porta-malas de uma viatura
e morreu por asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda, segundo laudo
do IML (Instituto Médico Legal) divulgado no final da perícia.
Os
manifestantes colocaram fogo em pneus, fecharam uma das rodovias, exibiram
cartazes pedindo justiça e acuaram policiais militares que se dirigiram ao
local. A revolta das pessoas saltava aos olhos, principalmente porque Genivaldo
foi assassinado pelos policiais sem sequer ter reagido à abordagem.
“Essa
é a polícia bolsonarista que só sabe matar e matar. Eles são incapazes de fazer uma
abordagem sem praticar atos de violência. O que fizeram com o Genivaldo foi um
assassinato a sangue frio e esse crime não poderá ficar impune. Essa polícia
maldita e sanguinária só traz tristezas para a sociedade”.
O
desabafo é de José Martins Terra, amigo de Genivaldo. Ele prossegue lembrando o
massacre da polícia em favelas do Rio de Janeiro. “O Brasil não pode continuar
com esse modelo de polícia assassina. Já passou da hora de criar uma polícia
desmilitarizada, que respeite o cidadão”, acrescenta José Terra.
O
corpo de Genivaldo foi recebido sob forte emoção em um cemitério de Umbaúba,
onde centenas de pessoas estavam o aguardando e clamando por justiça. “Queremos
justiça. Umbaúba chora”, diziam as pessoas revoltadas. O caso será investigado
pela Polícia Federal e todos esperam rigor nas apurações.
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