Uma
mulher identificada como Charlotte Dootson, 25 anos, foi condenada à prisão
perpétua na terça-feira, 24, por ter assassinado o companheiro Mohammed
Mukhtar, 53 anos, depois de amarra-lo e estrangulá-lo com uma extensão
elétrica, enquanto trocava mensagens de teor sexual com o amante.
O julgamento
aconteceu em Manchester, na Inglaterra, e de acordo com a sentença Charlotte
terá que cumprir no mínimo 22 anos e meio da condenação para ter direito de
requerer a liberdade condicional. Durante as audiências, a vítima, que era
conhecida como Amin, foi descrita como inofensiva e vulnerável.
A
polícia encontrou o corpo de Mohammed amarrado pelos pés, mãos e pescoço após
um alerta em 30 de agosto de 2021, na casa em que morava com Charlotte. Na
audiência o promotor disse que Mohammed sofreu abuso doméstico durante os quatro
anos de relacionamento e várias vezes mentiu para protegê-la.
Vítima sofria
violência mas protegia a criminosa
Segundo
os levantamentos realizados pela polícia, constatou-se que entre maio de 2018 e
julho de 2021 houve 12 denúncias de violência doméstica cometida por Charlotte
contra o companheiro. Ela chegou inclusive a ser presa em três ocasiões, mas
foi liberada, porque Mohammed não quis representar contra ela.
“Cada
um de nós está atormentado com o pensamento do que Amin sofreu nos momentos finais antes de sua morte. Foi pura maldade
e insensibilidade. Amin era um cara
tímido, muito quieto e gentil. Ele não machucaria ninguém e não merecia o que
você fez a ele”, disse a irmão da vítima ao participar da audiência.
“Nós
nunca podemos perdoá-la pelo que você fez e por tirar um cara tão amado e genuíno
de todos nós. Nossos corações estão partidos”, acrescentou a irmã da vítima,
ocasião em que a criminosa friamente sorrindo levantou os polegares para a
câmera de videoconferência em resposta à irmã do homem que matou.
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