A Cachaçolândia, nome atribuído ao trecho onde se realiza a Feira Municipal de Barra de São Francisco, no Noroeste do Espírito Santo, está pegando fogo, com reclamações de moradores da localidade se multiplicando, um dos quais chegou a afirmar que os kilões que existem no local seriam os culpados por tudo isso.
No local um monte de moradores
de rua se acumulam e além de consumirem bebidas alcoólicas, que compram nos comércios
das proximidades, fazem badernas e as necessidades fisiológicas no meio da rua,
bem como próximo às residências, o que acaba gerando um odor fétido
insuportável durante as noites.
Como se não bastasse todo esse
tormento para os moradores da localidade, agora os pinguços começaram a soltar bombinhas,
fazendo uma algazarra insuportável, sem que as autoridades tomem as devidas providências,
que caberiam à Polícia Militar e ao Ministério Público, mas nada está sendo
feito.
A Comunidade Alcoólica, que já
ocupou outros locais da cidade, inclusive a Praça Central, de onde foi expulsa
por ocasião de sua reforma, agora firmou jurisprudência no trecho onde funciona
a feira, por ser um local com maior facilidade de acesso a botecos, onde
compram bebidas alcoólicas mais fácil.
Grande parte desses moradores
de rua têm casa própria e até familiares, mas prefere ficar na rua em companhia
de outros moradores. Eles adquirem dinheiro para financiar suas cachaçadas por
meio de doações de esmolas e praticando pequenos bicos, como vendas de latinhas
de cervejas e caixas de papelões.
Um dos prejudicados pela
Comunidade Alcoólica da Cachaçolândia é o arquiteto Júnior Borém, que no domingo
último acabou perdendo a calma e reclamou pelas redes sociais de moradores de
rua que estavam soltando bombas pelas ruas, incomodando os moradores que
aproveitam a ocasião para descansar.
“Um fim de tarde e noite que
poderia ser calmo e de descanso dos moradores vira um pequeno inferno nas
tardes de domingo. Hoje tem dois “kilãozinhos” abertos até essa hora num
domingo de feriado, vendendo cachaça e bombinhas para eles. Reclamar com quem?”
Escreveu revoltado o arquiteto Júnior Borém.
Um morador que pede para não
ser identificado destacou que os moradores de rua abusam do direito de ir e vir,
fazem todo tipo de baderna e a polícia finge que nada está acontecendo. “Já
houve até caso de ameaças a moradores desta rua. Ligamos para a polícia e
disseram que nada podem fazer. Então quem pode?”
“Se a polícia não tem
capacidade para dispersar baderneiros e combater a vadiagem ela existe para
quê? Afinal somos nós que pagamos os salários da polícia e não estamos tendo
nenhum retorno. Basta ver a baderna que é o nosso Município, considerado o mais
barulhento do Estado”, disse o morador chateado.
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