Homem estrangula a companheira, aciona a PM e diz que ela caiu ao usar droga no banho

Diana foi assassinada por Kelsen

Mais uma mulher é brutalmente assassinada pelo companheiro. Dessa vez a vítima se trata de Diana Faria Lima, 37 anos, que foi encontrada morta pela polícia por volta das 08h35m de segunda-feira, 15, na QNM 24, em Ceilândia/DF. A polícia está na captura do assassino Kelsen Oliveira Macedo, 42, que fugiu.

Segundo a polícia, um vizinho ouviu o casal discutindo durante a noite e pela manhã Diana foi encontrada morta com a traqueia afundada, vítima de estrangulamento. Homens do Corpo de Bombeiros estiveram no local, onde registraram incialmente a ocorrência como se fosse um caso de suposta queda.

A equipe tentou reanimar a vítima, que estava com parada cardiorrespiratória e apresentava suspeita de traumatismo cranioencefálico, além de sangramento pelos ouvidos. A polícia que esteve no local foi acionada pelo próprio assassino, que disse que a vítima estava no banheiro usando cocaína e acabou caindo.

Quando os policiais chegaram Diana tinha lesão no rosto e afundamento da traqueia e o assassino disse que ela era dependente química e estava sob efeito de cocaína. A história não convenceu e ele fugiu. A polícia está a sua procura, e o caso é investigado pela Deam (Delegacia Especial de Atendimento à Mulher).

De acordo com a polícia, Kelsen tem várias passagens pela polícia. Só Diana registrou contra ele 11 boletins de ocorrência pelos crimes de injúria, ameaça e lesão corporal, todos no âmbito da Lei Maria da Penha. Ela teve medidas protetivas concedidas e chegou a receber abrigo na Casa da Mulher Brasileira.

Contudo, a vítima solicitou a retirada das medidas, fugiu do abrigo e voltou a viver com Kelsen, ignorando o perigo. De acordo com vizinhos, os episódios de agressão eram constantes entre o casal. Uma vizinha disse que constantemente ouvia Diana gritando por socorro e chamava a polícia, mas nada era feito.

A vizinha Letícia Cardoso, 19 anos, contou que Kelsen frequentemente dopava e agredia vítima, que sempre voltava para o agressor, como se estivesse procurando a própria morte, que acabou acontecendo. Finalizando, uma vizinha contou que Diana tinha um filho, que morava com a mãe dela, no Nordeste.

O crime chocou a vizinhança, que lamentou a morte de Diana, que era querida por todos. Parentes e amigos também lamentaram a morte da vítima. Seu corpo foi removido ao IML (Instituto Médico Legal), onde depois de periciado e realizado exame cadavérico, foi liberado para sepultamento aos seus familiares.