A decisão do CNJ
(Conselho Nacional de Justiça) que mantinha Bruno Fritoli Almeida no cargo de
juiz, foi revogada pelo ministro Nunes Marques, do STF (Supremo Tribunal
Federal). Ele está preso desde primeiro de agosto, quando foi alvo da operação Follow the Money, deflagrada pelo Ministério Público.
Bruno Fritoli Almeida está preso
preventivamente no quartel do Comando-Geral da Polícia Militar em Vitória,
desde o dia 1° de agosto. Além dele também foram presos os empresários Victor
Hugo de Mattos Martins, Ricardo Nunes de Souza, José Joelson Martins de
Oliveira, Veldir José Xavier e Vicente Santório Filho.
De acordo com as informações obtidas,
monitorados por tornozeleiras eletrônicas estão o juiz Maurício Camatta Rangel,
o médico Bernardo Azoury Nassur, além de Diogo Machado Coelho Rangel, Carlos
Henrique de Oliveira Dantas, Denison Chaves Metzker, advogado Gabriel Martins
de Oliveira, Luam Fernando Giuberti Marques, Hayalla e Luana Esperândio Nunes
de Souza.
Nunes Marques
destacou em sua decisão o fato de o então juiz ter sido preso preventivamente
por organização criminosa, lavagem de capitais, corrupção ativa, corrupção
passiva, fraude processual e falsidade documental, o que, segundo ele, aponta
obstáculo ao seu retorno às atividades jurisdicionais.
As investigações sobre o caso, de acordo com
afirmações do Ministério Público à imprensa, possuem evidências do envolvimento
de agentes públicos, advogados e particulares em ações judiciais simuladas a
partir de documentação falsa, direcionamento da distribuição de processos e
emissão indevida de alvarás, com indícios de recebimento de vantagem indevida e
lavagem de ativos.
A operação que desbaratou a quadrilha foi realizada
por meio da Procuradoria-Geral de Justiça e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial
de Combate ao Crime Organizado) Central e Norte, com apoio da Polícia Militar.
Os envolvidos localizavam falecidos sem herdeiros com valores altos em contas
bancárias e ajuizavam ações na Comarca de Barra de São Francisco, no Noroeste
capixaba.
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