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03/02/2025

Revoltante. Jovem é executado por policiais militares com mais de 40 tiros em abordagem

Danilo foi friamente assassinado pela polícia

Policiais militares do Espírito Santo assassinaram com mais de 40 disparos de armas de fogo um jovem de 20 anos, em Colatina, no Noroeste capixaba. A vítima se trata do vistoriador de veículos Danilo Lipaus Matos. Ele foi morto na noite de sexta-feira, 31, no Bairro Aeroporto, durante uma abordagem policial.

 

Ao todo foram disparados 44 tiros contra o veículo do jovem, sendo 15 pelo sargento Renan Pessimílio, 15 pelo soldado Eduardo Nardi Ferrari, 12 pelo cabo Rodrigo de Jesus Oliveira e dois pelo soldado Ramon Lucas Rodrigues Souza. O único que não fez disparos foi Guilherme Martins, porque estava na Viatura.

 

Todos os envolvidos no assassinato foram afastados de suas funções pela Sesp (Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social) e a Corregedoria da Polícia Militar determinou a instauração de IPM (Inquérito Policial Militar). Haverá, também, investigação rigorosa pelas polícias Civil e Científica, com acompanhamento do Ministério Público em todas as apurações do assassinato.

 

Da ocorrência registrada no dia do fato consta que o Fiat Strada dirigido por Danilo estava em fuga após ignorar uma ordem de parada dada pelos policiais. Consta ainda, que os policiais receberam informações via rádio de que os ocupantes poderiam ser indivíduos que estavam em fuga em uma caminhonete roubada, e que a pessoa que estava no banco do passageiro, portava arma.

 

Depois de Danilo morto, os policiais realizaram várias vistorias no veículo e nenhuma arma foi encontrada, apenas a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) do jovem e aparelhos de celulares. A forma pela qual os policiais atiraram contra o veículo do jovem sem sequer ter certeza de que nele havia criminosos, causou revolta, principalmente nas redes sociais, destacando o despreparo da polícia.

 


Um cidadão que pede para não ser identificado por medo de represália, disse que a Polícia Militar é uma instituição falida no Brasil. “A manutenção de uma polícia militarizada pela Constituição Federal de 88 foi um erro grave, e agora quem paga por esse erro é a população. Polícia Militar é coisa de país ditatorial. Não dá para conviver pacificamente democracia e Polícia Militar”, enfatizou ele.

 

Acrescenta o cidadão, que a Polícia Militar é seletiva, preconceituosa e se envolve em política, prejudicando a sua atuação. “Desde a sua origem que a Polícia Militar serviu de vassalo da elite dominante. E isso acabou criando um sério problema para a sociedade, já que, como se vê todos os dias pela imprensa, a Polícia Militar virou uma máquina de exterminar inocentes”, concluiu.

 

Este não é um caso isolado de policiais militares matando indefesos a tiros em Colatina. No dia 18 de outubro de 2019, policiais militares mataram com 11 tiros o cidadão Walter Almeida Santos, 41 anos, dentro da Delegacia Regional, sob alegação de que ele havia tentado agredir um policial civil com uma telha e um pedaço de pau, que ninguém sabe o que tais objetos faziam na delegacia.

 

Walter tinha sido preso na madrugada, sob acusação de causar lesões corporais na companheira e no filho, que foram atendidos no hospital de São Gabriel da Palha. Na ocasião, mesmo diante da situação de superioridade dos policiais contra a vítima, a Sesp (Secretaria de Estado de Segurança Pública) disse em nota que os policiais agiram em legítima defesa. Até hoje ninguém foi punido.

 


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